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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A DIVIDA NÂO PAGA PELA IGREJA APOSTOLICA ROMANA A HISTORIA DO MEU PAÍS


"A corrente que comandava a campanha de oposição à nova política externa, liderada por Carlos Lacerda, Roberto Marinho (Organizações Globo), Júlio de Mesquita Filho (O Estado de S. Paulo) e Dom Jaime de Barros Câmara (arcebispo do Rio de Janeiro), ganhava terreno entre a massa propriamente dita, a tal ponto que alguns de seus eleitores começaram a acusar Jânio de estar levando o Brasil para o comunismo."

Jânio condecorou, no dia 19 de agosto de 1961, com a Grã Cruz da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul [3][4] Ernesto Che Guevara, o guerrilheiro argentino que fora um dos líderes da revolução cubana - e era ministro daquele país - em agradecimento por Guevara ter atendido a seu apelo e libertado mais de vinte sacerdotes presos em Cuba, que estavam condenados ao fuzilamento, exilando-os na Espanha. Jânio fez esse pedido de clemência a Guevara por solicitação de dom Armando Lombardi, Núncio apostólico no Brasil, que o solicitou em nome do Vaticano. A outorga da condecoração foi aprovada no Conselho da Ordem por unanimidade, inclusive pelos três ministros militares. [5] As possíveis consequências desse ato foram mal calculadas por Jânio. Sua repercussão foi a pior possível e os problemas já começaram na véspera, com a insubordinação da oficialidade do Batalhão de Guarda que, amotinada, se recusava a acatar as ordens de formar as tropas defronte ao Palácio do Planalto, para a execução dos hinos nacionais dos dois países e a revista. Só a poucas horas da cerimônia, já na manhã do dia 19, conseguiram os oficiais superiores convencer os comandantes da guarda a se enquadrar [3]. A oposição aproveitou-se desse mero ato de cortesia, feita a um governante que havia prestado um favor ao Brasil, para transformá-lo em tempestade num copo d'água. Na imprensa e no Congresso começaram a surgir violentos protestos contra a condecoração de Guevara. Alguns militares ameaçaram devolver suas condecorações em sinal de protesto. Em represália ao que foi descrito como um apoio de Jânio ao regime ditatorial de Fidel, nesse mesmo dia, Carlos Lacerda entregou a chave do Estado da Guanabara ao líder anticastrista Manuel Verona, diretor da Frente Revolucionária Democrática Cubana, que se encontrava viajando pelo Brasil em busca de apoio à sua causa.

A Política Externa Independente (PEI) [6] , criada por San Tiago Dantas (juntamente com Afonso Arinos e Araújo Castro) e adotada por Jânio, introduziu grandes mudanças na política internacional do Brasil. O país transformou as bases da sua ação diplomática e esta mudança representou um ponto de inflexão na história contemporânea da política internacional brasileira, que passou a procurar estabelecer relações comerciais e diplomáticas com todas as nações do mundo que manifestassem interesse num intercâmbio pacífico.

Inaugurada em seu governo, foi firmemente conduzida pelo chanceler Afonso Arinos de Melo Franco. A inovação não era bem vista pelos Estados Unidos da América nem por vários grupos econômicos que se beneficiavam da política anterior e nem pela direita nacional, em especial por alguns políticos da UDN, que apoiara Jânio Quadros na eleição.

Enquanto o chanceler Afonso Arinos discursava no Congresso Nacional e divulgava, pela imprensa, palavras que conseguiam tranqüilizar alguns setores mais esclarecidos da opinião pública, a corrente que comandava a campanha de oposição à nova política externa, liderada por Carlos Lacerda, Roberto Marinho (Organizações Globo), Júlio de Mesquita Filho (O Estado de S. Paulo) e Dom Jaime de Barros Câmara (arcebispo do Rio de Janeiro), ganhava terreno entre a massa propriamente dita, a tal ponto que alguns de seus eleitores começaram a acusar Jânio de estar levando o Brasil para o comunismo.

Essa inovadora política externa de Jânio também provocou algumas resistências nos meios militares. O almirante Penna Botto, que havia protagonizado a deposição de Carlos Luz no episódio do Cruzador Tamandaré, chegou a lançar, em 1961, um livro intitulado A Desastrada Política Exterior do Presidente Jânio Quadros [7].

Por outro lado as duras medidas internas, que visavam a combater a inflação - que foi crescente durante o governo JK - e já grassava solta após a inauguração de Brasília, bem como algumas medidas que visavam reorganizar a economia, desagradavam à esquerda. Jânio reprimia os movimentos esquerdistas, pelos quais não tinha simpatia alguma, e muitos deles eram liderados por João Goulart. Sua política de austeridade, baseada principalmente no congelamento de salários, restrição ao crédito e combate à especulação, desagradava inúmeros setores influentes.

Jânio nunca teve um bom esquema de sustentação no Congresso Nacional. Sua eleição se deu ao arrepio das forças políticas que compunham esse Congresso, que fora eleito em 1958, e já não mais correspondia às necessidades e às aspirações do eleitorado, que mudara de posição. Diz Hélio Silva, em A Renúncia [1] : O resultado do pleito em que Jânio recebeu quase 6 milhões de votos rompeu o controle das cúpulas partidárias.

O governo

No seu curto período de governo, Jânio Quadros:

Continuou a política internacional que teve seu início no governo de Vargas e uma aprofundação no governo JK. O que ocorreu em seu governo foi um aumento de irresponsabilidade da condução da política externa independente (PEI), a qual visava estabelecer relações com todos os povos, particularmente os da área socialista e da África. Restabeleceu relações diplomáticas e comerciais com a URSS e a China. Algo impensável dentro do plano geopolítico e geoestratégico de inserção brasileiro. Nomeou o primeiro embaixador negro da história do Brasil.
Defendeu a política de autodeterminação dos povos, condenando as intervenções estrangeiras. Condenou o episódio da Baía do Porcos e a interferência norte-americana que provocou o isolamento de Cuba.
Deu a Che Guevara uma alta condecoração, a Ordem do Cruzeiro do Sul, o que irritou seus aliados, sobretudo os da UDN.
Criou as primeiras reservas indígenas, dentre elas o Parque Nacional do Xingu, e os primeiros parques ecológicos nacionais.
Através da Resolução nº 204 da Superintendência da Moeda e do Crédito, acabou com subsídios ao câmbio que beneficiavam determinados grupos econômicos importadores às custas do erário público - inclusive os grandes jornais, que importavam papel de imprensa a um dólar subsidiado em cerca de 75%, e que se irritaram com essa perda de seus privilégios [8].
Instalou uma avara política de gastos públicos, enxugando onde fosse possível a máquina governamental. Abriu centenas e centenas de inquéritos e sindicâncias em um combate aberto à corrupção e ao desregramento na administração pública.
Enviou ao Congresso os projetos de lei antitruste, a lei de limitação e regulamentação da remessa de lucros e royalties, e a pioneira proposta de lei de reforma agrária. Naturalmente nenhum desses projetos jamais foi posto em votação pelo Congresso - hostil a seu governo - que os engavetou, uma vez que Jânio se recusava a contribuir com o que chamava de espórtulas constrangedoras que os congressistas estavam acostumados a exigir para aprovar Leis de interesse da nação (prática essa similar ao chamado Mensalão que ocorreu no primeiro governo Lula).
Finalmente, proibiu o biquíni na transmissão televisada dos concursos de miss, proibiu as rinhas de galo, o lança-perfume em bailes de carnaval e regulamentou o jogo carteado. Por hilárias que possam ter parecido essas medidas na ocasião, mais de 45 anos depois, passados mais de dez presidentes pela cadeira que foi sua, todas essas leis editadas por Jânio ainda continuam em vigor.

A renúncia


Carta renúncia de Jânio Quadros.
"Ao Congresso Nacional. Nesta data, e por este instrumento, deixando com o Ministro da Justiça, as razões de meu ato, renuncio ao mandato de Presidente da República. Brasília, 25.8.61."Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara, - o derrubador de presidentes - percebendo que Jânio fugia ao controle das lideranças da UDN, mais uma vez se colocou como porta-voz da campanha contra um presidente legitimamente eleito pelo povo (como havia feito com relação a Getúlio Vargas e tentado, sem sucesso, com relação a Juscelino Kubitschek). Não tendo como acusar Jânio de corrupto, tática que usou contra seus dois antecessores, decidiu impingir-lhe a pecha de golpista.

Em um discurso no dia 24 de Agosto de 1961, transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, Lacerda denunciou uma suposta trama palaciana de Jânio e acusou seu Ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, de tê-lo convidado a participar de um golpe de estado.

Na tarde de 25 de agosto, Jânio Quadros, para espanto de toda a nação, anunciou sua renúncia, que foi prontamente aceita pelo Congresso Nacional. Especula-se que talvez Jânio não esperasse que sua carta-renúncia fosse efetivamente entregue ao Congresso. Pelo menos não a carta original, assinada, com valor de documento.

O popular rádio jornal daquela época, o Repórter Esso, em edição extraordinária, no dia 25 de agosto, atribuiu a renúncia a "Forças ocultas", frase que Jânio não usou, mas que entrou para a história do Brasil e que muito irritava Jânio, quando perguntado sobre ela.

Cláudio Lembo, que foi Secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura durante o segundo mandato de Jânio, recorda dois pedidos de renúncia que Jânio lhe entregou - e preferiu guardar no bolso. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo [9] disse Lembo:

Ele fazia isso em momentos de tensão ou muito cansaço, ou de "stress", como os jovens dizem hoje. Era aquele cansaço da luta política, de quem diz 'vou embora'. Mas não era para valer. [9]
Era voz corrente, na ocasião, que os congressistas não dariam posse ao vice-presidente, João Goulart, cuja fama de "esquerdista" agravou-se após Jânio tê-lo enviado habilmente em missão comercial e diplomática à China. Essa fama de "esquerdista" fora atribuída a Jango quando ele ainda exercia o cargo de ministro do Trabalho no governo democrático de Getúlio Vargas (1951-1954), durante o qual aumentou-se o salário mínimo a 100% e promoveu-se reforma agrária – atitudes essas consideradas suficientemente "comunistas" pelos setores conservadores na época.

Por outro lado especula-se que Jânio estaria certo de que surgiriam fortes manifestações populares contra sua renúncia, com o povo clamando nas ruas por sua volta ao poder - como ocorreu com Charles de Gaulle. Por isso Jânio permaneceu por horas aguardando dentro do avião que o levaria de Brasília a São Paulo.

Tudo indica, entretanto, que algum tipo arranjo foi feito, nos bastidores da política, para impedir que a população soubesse em que local Jânio se encontrava nos momentos mais cruciais - imediatamente após a divulgação de sua carta de renúncia.

Jânio Quadros alegou a pressão de "forças terríveis" que o obrigavam a renunciar, forças que nunca chegou a identificar. Com sua renúncia abriu-se uma crise, pois os ministros militares vetavam o nome de Goulart. Assumiu provisoriamente Ranieri Mazzili, enquanto acontecia a Campanha da Legalidade; nesta campanha destacou-se Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e cunhado de Jango. Com a adoção do regime parlamentarista, e consequente redução dos poderes presidenciais, finalmente os militares aceitaram que Goulart assumisse. O primeiro Primeiro-Ministro do Brasil foi Tancredo Neves. A experiência parlamentarista, contudo, foi revogada por um plebiscito em 6 de janeiro de 1963, depois de também terem sido primeiros-ministros Brochado da Rocha e Hermes Lima.

Cassação dos direitos políticos e regresso

No ano seguinte à renúncia Jânio foi candidato a governador de São Paulo sendo derrotado por seu velho desafeto Adhemar de Barros. Com a eclosão do Regime Militar de 1964 foi um dos três ex-presidentes a ter seus direitos políticos cassados ao lado de João Goulart e Juscelino Kubitschek. Após fazer declarações à imprensa em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, em julho de 1968, o ex-presidente foi detido pelo Exército Brasileiro, por ordem do então Ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, ficando confinado em Corumbá, cidade que fica no Pantanal sul-mato-grossense, na fronteira com a Bolívia. O ex-presidente ficou hospedado no Hotel Santa Mônica, que ainda funciona em Corumbá [10].

Recuperou os direitos políticos em 1974, mas manteve-se afastado das urnas inclusive nas eleições legislativas de 1978, ano em que seus simpatizantes (agrupados sob o denominado "Movimento Popular Jânio Quadros") o levaram a visitar o bairro paulistano de Vila Maria, tradicional reduto "janista". Em novembro do ano seguinte manifestou a intenção de concorrer à sucessão de Paulo Maluf ao governo do estado de São Paulo filiando-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (agora uma agremiação conservadora de direita, tendo pouca relação com a antiga legenda de Getúlio e Jango) tão logo foi efetivada a reforma partidária.

Ciclotímico, Jânio Quadros deixou o PTB sete meses depois de sua filiação e ingressou no PMDB, tendo sua "entrada" indeferida pela executiva nacional do partido voltando assim ao PTB, legenda pela qual foi candidato a governador de São Paulo em 1982 num pleito onde o vitorioso foi Franco Montoro, seu antigo correligionário no PDC. Jânio terminou a eleição na terceira posição, atrás ainda do malufista Reynaldo de Barros. Em 1985 retornou aos cargos públicos elegendo-se prefeito de São Paulo pelo mesmo partido, derrotando o candidato situacionista senador Fernando Henrique Cardoso (PMDB) e o representante das esquerdas, deputado federal Eduardo Suplicy (PT). A vitória de Jânio Quadros contrariou os prognósticos dos institutos de pesquisa e contradisse as avaliações segundo as quais o ex-presidente era tido como um nome "ultrapassado" no novo contexto da política brasileira emergente do processo de redemocratização e da campanha das Diretas Já. Fernando Henrique Cardoso, o então primeiro colocado nas pesquisas, chegou a tirar uma foto, publicada pela Revista Veja, sentado na cadeira de prefeito de São Paulo. Tal fato levou Jânio a tomar posse com um tubo de inseticida nas mãos, declarando: "Estou desinfetando a poltrona porque nádegas indevidas a usaram" [11].

Prefeito de São Paulo pela segunda vez

Seu mandato foi exercido até o primeiro dia de 1989, quando passou o cargo para Luiza Erundina. Em sua última empreitada político-administrativa repetiu seus lances populistas habituais: pendurou uma chuteira em seu gabinete (para dar conta do seu suposto desinteresse em prosseguir na política), proibiu jogos de sunga no Parque do Ibirapuera (então sede da prefeitura), obrigou a direção da Escola de Balé do Teatro Municipal a expulsar alguns alunos tidos como homossexuais, aplicou multas de trânsito pessoalmente, posou para a imprensa com a camisa do Corinthians e tentou fechar os cinemas que exibiam o filme A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorsese, por considerá-lo desrespeitoso à fé cristã.

Ao mesmo tempo em que criava factóides midiáticos, investia na instalação de serviços de luz em cerca de 91% da área habitada da cidade, na pavimentação de aproxidamente 700 quilômetros de vias públicas e na reforma do Vale do Anhangabaú. Restaurou doze bibliotecas públicas, o Teatro Municipal e mais três teatros, além de ter inaugurado o Teatro Cacilda Becker. Seu programa também incluiu ações nos setores da limpeza pública, do saneamento básico (através da canalização de dois córregos), da habitação e da saúde (com a inauguração de dois hospitais e a recuperação de outros seis, fora cinqüenta e oito unidades médicas). Concebeu pessoalmente o sistema viário de múltiplos túneis, concetores de diversas avenidas vitais de São Paulo, a cujas caríssimas, complexas e demoradas obras deu início ainda em seu mandato. Após terem sido interrompidas por Luiza Erundina essas obras foram retomadas e parcialmente concluídas na gestão de Paulo Maluf. O atual prefeito Gilberto Kassab cogita em dar-lhes continuidade [12]. Na área do transporte público inseriu, em caráter experimental, ônibus de dois andares (a exemplo dos encontrados em Londres) no trânsito da cidade, mas tal experiência não obteve o resultado esperado e foi definitivamente descartada por Luiza Erundina.

Na relação com a Câmara Municipal, Jânio Quadros utilizou as Administrações Regionais como elementos de barganha para obter o apoio político dos vereadores através de um sistema que consistia no loteamento das mesmas entre os parlamentares. Cada político exercia poder sobre uma administração regional e, não por acaso, ao final de seu mandato o número de ARs e o de legisladores municipais era o mesmo: trinta e três. Tal prática prosseguiu nos três governos que o sucederam (os de Erundina - embora nesse com menor intensidade -, Maluf e Celso Pitta) e culminou no escândalo da Máfia dos Fiscais, deflagrado em 1999 durante a gestão de Pitta.

Segundo alguns analistas políticos e representantes da sociedade civil, Jânio adotou posturas autoritárias em diversas situações. Seu governo foi marcado por insatisfatações de vários setores do funcionalismo público, materializadas através de greves e protestos nas proximidades de seu gabinete, os quais quase sempre respondia com demissões em massa. Jânio também demonstrou posturas inflexíveis ante a manifestações de movimentos sociais, como o MST. Criou a Guarda Civil Metropolitana para, segundo ele, reforçar o policiamento na cidade, mas seus adversários o criticaram duramente por, na visão deles, utilizá-la como mais um de seus instrumentos de repressão. Ao longo de seu mandato afastou-se diversas vezes do cargo para cuidar tanto de sua saúde, já abalada, quanto da de sua mulher, Dona Eloá Quadros (falecida em 1990). Ao fim da gestão encontrava-se desgastado perante a opinião pública: apenas 30% dos paulistanos aprovaram sua administração. Nas eleições de 1988, embora seu Secretário de Administração João Mellão Neto concorresse à sucessão, deu informal suporte ao candidato Paulo Maluf (que também o havia apoiado na vitoriosa eleição anterior). Faltando dez dias para o término de seu mandato viajou para Londres.

Após a prefeitura

Sua saúde frágil o impediu de concorrer à Presidência da República em 1989 (teria recebido inclusive um convite do PSD, que depois lançaria o nome de Ronaldo Caiado) e por conta desse fato hipotecou apoio ao ascendente Fernando Collor, cujo discurso e práticas políticas eram similares às suas. Faleceu em São Paulo no dia 16 de fevereiro de 1992, em estado vegetativo, vítima de três derrames cerebrais.

Seu apelido era "Vassourinha", graças ao lema de sua campanha que pretendia "varrer" do Brasil os males da corrupção - uma clara alusão aos enormes gastos do governo de Juscelino Kubitschek, que gerou déficits orçamentários devido ao seu ambicioso Plano de Metas.

Herdeiros políticos

Sua única filha Dirce Tutu Quadros foi eleita deputada federal em 1986 e em 1988 inscreveu seu nome entre os fundadores do PSDB tendo, nesse meio tempo, participado da Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição vigente desde 1988. Uma polêmica jurídica acerca da perda de nacionalidade de Tutu, por conta de ter efetivada a naturalização para a cidadania norte-americana, fez com que ela logo em seguida se afastasse da política.

Obras publicadas

Jânio Quadro publicou as obras Curso prático da língua portuguesa e sua literatura (1966), História do povo brasileiro (1967, em co-autoria com Afonso Arinos), Novo Dicionário Prático da Língua Portuguesa (1976) e Quinze contos (1983).

A carta-renúncia

"Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.
"Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.
"Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranqüilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.
"Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia.
"Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios, para todos e de todos para cada um.
"Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria."
Brasília, 25 de agosto de 1961.
Jânio Quadros"

Referências

↑ 1,0 1,1 1,2 SILVA, Hélio e CARNEIRO, Maria Cecilia Ribas. A Renúncia 1961. São Paulo: Editora Três, 1975.
↑ PEREIRA, J. Bilhetinhos de Jânio, São Paulo: Editora MUSA, 2ª ed., 1959.
↑ 3,0 3,1 Jânio condecora Guevara. Folha de S.Paulo, 20 de agosto de 1961
↑ Jânio condecora Guevara
↑ CORRÊA, Vilas-Bôas. O uísque e as rugas. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 15/FEV/2002
↑ HIRST, Mônica. História da Diplomacia Brasileira - O período 1945-64 - A Política Externa Brasileira no Contexto da Guerra Fria - A Política Externa Independente - Ministério das Relações Exteriores
↑ BOTTO, Almirante Carlos Penna, A Desastrada Política Exterior do Presidente Jânio Quadros,Editora Vozes,1961.
↑ Jornal não pode desertar de sua missão essencial, Correio da Manhã, 9/11/1961, in A Marcha do Tempo, Observatório da Imprensa
↑ 9,0 9,1 LEITE, Paulo Moreira. Perfil - Cláudio Lembo. Nacional. São Paulo: O Estado de S. Paulo, p. A20, 17 de dezembro de 2006.
↑ RIBEIRO, Mauro. Diário de um Confinado; São Paulo: Editora do Povo Brasileiro; 1968.
↑ Vejinha Online, Edição Especial, 1986
↑ Kassab pode retomar projeto do bulevar da Juscelino, Agência Estado, Último Segundo, 06/10 - 07:51
[editar] Ministros
Aeronáutica: Gabriel Grün Moss
Agricultura: Romero Cabral da Costa
Educação e Cultura: Brígido Fernandes Tinoco
Fazenda: Clemente Mariani; Hamilton Prisco Paraíso (interino)
Guerra: Odílio Denys
Indústria e Comércio: Artur Bernardes Filho
Justiça e Negócios Interiores: Oscar Pedroso Horta
Marinha: Sílvio Heck, Ari dos Santos Rangel (interino)
Minas e Energia: João Agripino, José Medeiros Vieira (interino)
Relações Exteriores: Afonso Arinos de Melo Franco, Vasco Tristão Leitão da Cunha (interino), Ilmar Pena Marinho (interino)
Saúde: Edward Catete Pinheiro
Trabalho e Previdência Social: Francisco Carlos de Castro Neves
Viação e Obras Públicas: Clóvis Pestana

Observações

^ A grafia original do nome do biografado, Janio da Silva Quadros, deve ser atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns (Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de 1943). Tal norma foi reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo Ortográfico de 1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX).

Ver também

O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Jânio Quadros.O Wikimedia Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Jânio QuadrosMinistros do Governo Jânio Quadros
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Bibliografia
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BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. O Governo Jânio Quadros. São Paulo: Brasiliense, 2ª edição, 1999.
BOTTO, Almirante Carlos Penna, A Desastrada Política Exterior do Presidente Jânio Quadros,Editora Vozes,1961.
CARRARO, Adelaide, Eu e o Governador, Editora Loren, 1977.
CASTILHO CABRAL, Carlos. Tempos de Jânio e Outros Tempos., Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1962
CASTRO, Viriato de. O Fenômeno Jânio Quadros. São Paulo: Edição do autor, 2ª edição, 1959.
CASTELLO BRANCO, Carlos. A Renúncia de Jânio - Um depoimento. São Paulo: Ed. REVAN, 1996, 4ª Ed.
CHAIA, Vera. A Liderança Política de Jânio Quadros. Ibitinga, SP: Ed. Humanidades, 1992.
KOIFMAN, Fábio, Organizador - Presidentes do Brasil, Editora Rio, 2001.
LOPES, Marechal José Machado, O III Exército na Crise da Renúncia de Jânio Quadros, Editora Alhambra,1980.
MELLÃO NETO, João. Jânio Quadros: 3 Estórias para 1 História. São Paulo:Ed. Renovação, 1982
NÓBREGA, Vandick Londres da. A Grandeza da Renúncia na Voz da História. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos S/A, 1982
PEREIRA, J. Bilhetinhos de Jânio, São Paulo: Editora MUSA, 2ª ed., 1959.
QUADROS, Jânio. Os dois mundos das três américas. São Paulo: Martins, 1972.
QUADROS, Jânio e ARINOS, Afonso. História do Povo Brasileiro. São Paulo: J. Quadros Editores Culturais, SP, 1967.
QUADROS NETO, Jânio. Jânio Quadros - Memorial à História do Brasil. São Paulo: RIDEEL, 1996.
RIBEIRO, Mauro. Diário de um Confinado; São Paulo: Editora do Povo Brasileiro; 1968.
SILVA, Hélio e CARNEIRO, Maria Cecilia Ribas. A Renúncia 1961. São Paulo: Editora Três, 1975.
SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio Vargas a Castelo Branco. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1992.
VALENTE, Nelson. A Vida de Jânio em Quadros. São Paulo: Editora Nacional, 1993.
VITOR, Mário, Cinco Anos Que Abalaram o Brasil, Editora: Civilização Brasileira, 1965.
YAMASHIRO,José. Jânio - Vida e Carreira Política do Presidente. São Paulo: Livraria Lima Ltda, 1961.
[editar] Ligações externas
O governo Jânio Quadros no sítio oficial da Presidência da República do Brasil
As diretrizes de Governo
Mensagem ao Congresso Nacional 1961
Precedido por
Armando de Arruda Pereira Prefeito de São Paulo
1953 — 1954 Sucedido por
Porfírio da Paz
Precedido por
Porfírio da Paz Prefeito de São Paulo
1955 Sucedido por
William Salem
Precedido por
Lucas Nogueira Garcez Governador de São Paulo
1955 — 1959 Sucedido por
Carvalho Pinto
Precedido por
Juscelino Kubitschek Presidente do Brasil
1961 Sucedido por
Ranieri Mazzilli
Precedido por
Mário Covas Prefeito de São Paulo
1986 — 1989 Sucedido por
Luiza Erundina

v • eIntendentes e prefeitos do município de São Paulo (1899 - 2009)
Antônio Prado • Raimundo Duprat • Washington Luís • Rocha Azevedo • Morais Pinto • Pires do Rio • José Joaquim Cardoso de Melo Neto • Anhaia Melo • Machado de Campos • Anhaia Melo • Henrique Jorge Guedes • Silva Teles - Artur Sabóia • Teodoro Ramos - Artur Sabóia - Osvaldo Gomes da Costa - Carlos dos Santos Gomes • Antônio Carlos de Assunção • Fábio Prado - Paulo Barbosa de Campos Filho • Fábio Prado • Prestes Maia • Abraão Ribeiro • Cristiano Stockler das Neves • Paulo Lauro • Milton Improta • Asdrúbal da Cunha • Lineu Prestes • Armando de Arruda Pereira • Jânio Quadros - Porfírio da Paz • Jânio Quadros • William Salem • Lino de Matos • Toledo Piza • Ademar de Barros • Prestes Maia • Faria Lima • Paulo Maluf • Figueiredo Ferraz - Brasil Vita • Miguel Colasuonno • Olavo Setúbal • Reinaldo de Barros • Salim Curiati - Francisco Altino Lima • Mário Covas • Jânio Quadros • Luiza Erundina • Paulo Maluf • Celso Pitta - Régis de Oliveira • Celso Pitta • Marta Suplicy • José Serra • Gilberto Kassab


v • eGovernadores de São Paulo (1889 — 2009)
República Velha
(1ª República) Junta governativa paulista de 1889 - Prudente de Morais - Jorge Tibiriçá Piratininga - Américo Brasiliense • Américo Brasiliense • Cerqueira César - Sérgio Tertuliano Castelo Branco - José Alves de Cerqueira César • Bernardino de Campos - Peixoto Gomide • Campos Sales - Peixoto Gomide • Fernando Prestes • Rodrigues Alves - Domingos de Morais • Bernardino de Campos • Jorge Tibiriçá Piratininga • Albuquerque Lins • Rodrigues Alves • Altino Arantes • Washington Luís • Carlos de Campos • Júlio Prestes - Heitor Teixeira Penteado • Antônio Dino da Costa Bueno • Júlio Prestes

2ª República Heitor Teixeira Penteado - Hastinfilo de Moura - José Maria Whitaker - Plínio Barreto - Lins de Barros - Laudo Camargo • Manuel Rabelo - Pedro de Toledo - Herculano de Carvalho e Silva - Castilho de Lima - Manuel de Cerqueira Daltro Filho - Armando de Sales Oliveira • Armando de Sales Oliveira - Henrique Smith Bayma

3ª República Melo Neto - Francisco José da Silva Júnior - Ademar de Barros - Fernando de Sousa Costa - Sebastião Nogueira de Lima - José Carlos de Macedo Soares

4ª República Ademar de Barros • Lucas Garcez • Jânio Quadros • Carvalho Pinto • Ademar de Barros

Ditadura Militar
(5ª República) Ademar de Barros • Laudo Natel • Abreu Sodré • Laudo Natel • Paulo Egídio Martins • Paulo Maluf • José Maria Marin • Franco Montoro

Nova República
(6ª República) Franco Montoro • Orestes Quércia • Luiz Antônio Fleury Filho • Mário Covas • Geraldo Alckmin • Cláudio Lembo • José Serra


v • ePresidentes do Brasil (1889 — 2009)
Presidencialismo no Brasil • Palácio do Planalto • Palácio da Alvorada • Granja do Torto
Deodoro da Fonseca • Floriano Peixoto • Prudente de Morais • Campos Sales • Rodrigues Alves • Afonso Pena • Nilo Peçanha • Hermes da Fonseca • Venceslau Brás • Rodrigues Alves • Delfim Moreira • Epitácio Pessoa • Artur Bernardes • Washington Luís • Júlio Prestes • Junta de 1930 • Getúlio Vargas • José Linhares • Eurico Gaspar Dutra • Getúlio Vargas • Café Filho • Carlos Luz • Nereu Ramos • Juscelino Kubitschek • Jânio Quadros • Ranieri Mazzilli • João Goulart • Ranieri Mazzilli • Castelo Branco • Costa e Silva • Junta de 1969 • Emílio Garrastazu Médici • Ernesto Geisel • João Figueiredo • Tancredo Neves - José Sarney • Fernando Collor de Mello • Itamar Franco • Fernando Henrique Cardoso • Luiz Inácio Lula da Silva


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%A2nio_Quadros"

Veja as mensagens atraves de MEMORANDOS NESTE LInK

http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u1343/index.html

Standard Oil Company

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vamos conhecer quem aqui no brasil trabalhava para O IMPERIALISMO x conhecer o pimeiro obstaculo de Jánio getulio e outros que Queriam um pais para os Brasileiros Não um pais de tolos.

Refinaria Standard Oil No. 1 em Cleveland, Ohio, 1899Standard Oil Company (1870–1911) foi a maior companhia de seu tempo, produzindo, transportando e refinando petróleo[1].

Standard Oil começou em Ohio, em uma sociedade formada por John Davison Rockefeller, seu irmão, William Rockefeller, Henry Flagler, o químico Samuel Andrews e o silencioso Stephen V. Harkness.

A Standard Oil se beneficiou de economias de escala e se transformou na maior empresa de petróleo do mundo. Numerosos concorrentes foram absorvidos, a produção aumentou e os preços se tornaram competitivos. Inicialmente o petróleo era transportado nos comboios do magnata Cornelius Vanderbilt, que detinha as ações da maior empresa ferroviária dos E.U.A. Mais tarde foram construídos os primeiros oleodutos. A indústria do petróleo floresce e a Standard Oil torna-se a líder deste novo mercado, tornando-se um monopólio.

No início da década de 1880, a Standard Oil e suas dependentes controla cerca de 90% das refinarias americanas, hoje as suas sucessoras detêm de 86,9% dos poços de petróleo.

Este monopólio durou algumas décadas, até que em 1911 o tribunal supremo dos Estados Unidos decidiu pelo desmantelamento do monopólio e ordenar a criação de 34 novas empresas menores, das quais emergiram a Exxon, Chevron, Atlantic, Mobil e a Amoco mas continuando no controle das Empresas Rockefeller.
Referências

↑ ExxonMobil: Our history. Site oficial da ExxonMobil (Uma das sucessoras da Standard Oil), contando a história da empresa. Acessado dia 21 de novembro de 2007.

Ligações externas

O Wikimedia Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Category ExxonMobilSite oficial da principal sucessora

História da Esso no Brasil---> Conhecida também por : Estamos Sempre às Suas Ordens(ESSO) Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Standard_Oil_Company"

Repórter Esso

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Aqui foi escrevido uma pagina escura da historia do pais a imprensa esconde até hoje porque o interresse em organizações internacionais ex: t.life

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O Repórter Esso foi um noticiário histórico do rádio e da televisão brasileiros. Foi o primeiro noticiário de radiojornalismo do Brasil que não se limitava a ler as notícias recortadas dos jornais, pois as matérias eram enviadas por uma agência internacional de notícias sob o controle dos Estados Unidos da América. O repórter Esso era patrocinado por uma empresa estadunidense chamada "Standard Oil Company of Brazil", conhecida como Esso do Brasil. Os locutores que fizeram maior sucesso no noticioso foram Gontijo Teodoro, Luís Jatobá e Heron Domingues. Os slogans mais famosos eram: "O primeiro a dar as últimas" e "testemunha ocular da História".

O programa radiofônico estreiou em 28 de agosto de 1941, transmitido pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, iniciando a cobertura do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Antes da estréia oficial, o programa havia ido ao ar experimentalmente na Rádio Farroupilha de Porto Alegre.

Na televisão, o noticiário, inicialmente com o nome de O Seu Repórter Esso, foi apresentado de 10 de abril de 1952 até 31 de dezembro de 1970 na TV Tupi.[1]

Índice

1 Propaganda de Guerra
2 Primeira chamada e American way of life
3 Direcionamento das notícias
4 Suicídio de Vargas e ênfase das notícias
5 O último Repórter Esso
6 Referências
7 Ligações externas


Propaganda de Guerra

O programa inicialmente foi criado para fazer a propaganda da guerra americana direcionada ao povo brasileiro. Iniciou sua atividade em 1941 apoiado pelo presidente Getúlio Vargas e sob a orientação do Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP.

O Repórter Esso foi um dos primeiros sintomas da globalização das comunicações: o pacote cultural-ideológico dos Estados Unidos incluía em suas várias edições diárias, uma síntese noticiosa de cinco minutos rigidamente cronometrados, a primeira de caráter global, transmitido em 14 países do continente americano por 59 estações de rádio, constituindo-se na mais ampla rede radiofônica mundial [2].

Primeira chamada e American way of life

A primeira transmissão do programa se deu no dia 28 de agosto de 1941. O Repórter Esso se especializou em divulgar principalmente notícias ligadas ao modo de vida americana da época, conhecida como American way of life. Os informes traziam ainda aos ouvintes a evolução das guerras travadas pelos Estados Unidos em todas as partes do planeta.

Direcionamento das notícias

O Repórter Esso fez ampla cobertura da Guerra da Coréia em 1950, enviando correspondentes para o campo de batalha.

Além das guerras, o programa radiofônico dava bastante ênfase às notícias de autoridades, notáveis, estrelas e astros de cinema e feitos científicos norte-americanos.

Suicídio de Vargas e ênfase das notícias

Noticiou com exclusividade o suicídio de Getúlio Vargas em 1954 pelo fato de a empresa patrocinadora ter amplo trânsito no Palácio do Catete.

O Repórter Esso não informava, por exemplo, notícias da Europa, da Ásia e da África se não houvesse interesses norte-americanos envolvidos.

Em 1957, informou com grande ênfase a explosão da Bomba de Hidrogênio. Em 1959 informou que Fidel Castro vencera a Revolução Cubana reforçando o avanço do perigo comunista na América Latina.

O último Repórter Esso

O Repórter Esso terminou suas transmissões em 31 de dezembro de 1968. Na última edição, transmitida pela Rádio Globo do Rio de Janeiro, a partir das 20:25 da noite, o radialista Guilherme de Sousa fez a identificação da emissora e dando a hora certa, antes de anunciar: "Alô, alô, Reporter Esso! Alô!" Ao som das tradicionais trombetas, o locutor Roberto Figueiredo entrou no ar, noticiando sobre as festividades do ano novo (1969); o pronunciamento do presidente Costa e Silva sobre o momento nacional e a instituição do AI-5, além do mesmo assinar decretos sobre o setor financeiro; a condenação de Israel por parte das Nações Unidas pelo atentado contra o Líbano; a Missa de Ano Novo realizada pelo Papa Paulo VI; a previsão do tempo nas principais cidades do país; e as principais notícias dadas pelo Repórter Esso em 27 anos de atividade. Durante a leitura desta última, Roberto Figueiredo começou a chorar e se emocionar, chegando a um ponto em que o locutor reserva Plácido Ribeiro, que estava no estúdio na hora do noticiário, seguiu a leitura. Roberto tentou se recompor e, aos prantos, encerrou o último Repórter Esso, desejando uma boa noite e um feliz ano novo.[3]

Referências

↑ A história da Tv Tupi Acessado em 01 de Agosto de 2008.
↑ O Repórter Esso e a Globalização
↑ Programa da Rádio Nacional sobre última transmissão radiofônica do Repórter Esso no Rio de JaneiroAcessado em 01 de Agosto de 2008.

Ligações externas

Programa da Rádio Nacional que inclui a transmissão, pelo Repórter Esso, da notícia da morte de Carmem Miranda em 5 de Agosto de 1955Acessado em 01 de Agosto de 2008.
Última transmissão radiofônica do Repórter Esso, narrada por Dalmácio Jordão, pela Radio Globo de São Paulo, em 31 de Dezembro de 1968. Acessado em 01 de Agosto de 2008.
Folha de São Paulo - acessado em 28 de maio de 2009
pt.shvoong acessado em 28 de maio de 2009
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%B3rter_Esso"

Categorias: Rádio do Brasil | Programas de rádio | Programas da Rede Tupi | Telejornais do Brasil

Categorias: Empresas petrolíferas dos Estados Unidos da América | Família Rockefeller

A TV Continental é uma extinta emissora de TV do Rio de Janeiro, transmitida pelo canal 9 entre 1959 e 1972. Foi a terceira emissora inaugurada nesta cidade, após a TV Tupi (canal 6) e a TV Rio (canal 13).

Sua sede ficava na Rua das Laranjeiras, quase esquina com a rua Soares Cabral. A sede possuía o maior teatro do Rio. Seu palco era grandioso e nele havia até uma piscina olímpica para apresentações de dança.[carece de fontes?] Teve seu auge no ano de 1960, quando contava com artistas como Elizeth Cardoso, Agnaldo Rayol e Ivon Cury. Mas logo entrou em crise, com salários atrasados e uma precariedade técnica e artística que se refletia na tela: atores esqueciam os textos, cenários caíam, lâmpadas estouravam no palco.

Em 1971, pouco antes de sua falência a TV Continental foi despejada da Rua das Laranjeiras (onde hoje se localiza uma concessionária de automóveis) e mudou-se para um imóvel menor no bairro de Vila Isabel.

Em 1972, a TV Continental é arrendada à Ordem Religiosa dos Capuchinhos do Rio de Janeiro, mesmo assim, a emissora, já totalmente endividada e com todos os seus imoveis hipotecados, passou a transmitir sua programação (baseados em filmes e séries antigas) direto de um velho caminhão de transmissão localizado ao lado da ordem no centro do Rio. Depois, tentou se reerguer com o nome de Tv Guanabara, e tinha apenas duas horas diárias de programação educativa, realizadas pelo Instituto de Educação de Alfredina de Paiva e Sousa. Ainda em 1972, o DENTEL cassa a concessão do canal.

A partir de 1982, o canal 9 carioca se constitui numa filial da TV Record de São Paulo sob o comando acionário de Sílvio Santos. Em 1987, com a venda da rede, o canal, ainda sob o comando de Sílvio muda de nome para TV Copacabana, assumindo no mesmo ano o nome definitivo TV Corcovado.

Ver também

TV Corcovado

Heron de Lima Domingues (São Gabriel, 4 de junho de 1924 — Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1974) foi um jornalista e radialista brasileiro.

Aos 16 anos tentou a carreira de cantor e foi participar em um concurso de calouros na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre a 7 dezembro de 1941, dia escolhido pelos japoneses para bombardear Pearl Harbour, Havaí nos Estados Unidos. Na ausência do locutor da rádio, Domingues foi lançado às pressas aos microfones e deu a notícia em primeira mão. Não participou do concurso, mas saiu da rádio empregado. Em 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a trabalhar na Rádio Nacional, onde, no programa Repórter Esso, transmitia a informação "como se estivesse numa trincheira", costumava dizer.

Acampado no estúdio da carioca Rádio Nacional, Heron Domingues, o Repórter Esso, aguardava sôfrego pelo telegrama que confirmaria o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Deveria fazer jus ao apelido a ele atribuído, "o primeiro a dar as últimas". Após passar Natal, Ano-Novo e Páscoa em alerta, os colegas insistiam para que ele fosse descansar em casa. Aceitou o conselho a contragosto e, para sua decepção, foi em casa que o radialista soube do fim do armistício, pela emissora concorrente. Para consolo, sua credibilidade ressoou: "Se o Repórter Esso ainda não deu, não deve ser verdade", comentava-se pelo País. Só depois que empostou sua inconfundível voz ao microfone é que a notícia ganhou veracidade. Em 1959 fazia parte do departamento de jornalismo da TV Continental.

Biografia

Em tom alarmista, o radialista foi o primeiro a noticiar vários fatos históricos nos 33 anos de carreira:o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima - (1945): o suicídio de Getúlio Vargas- (1954), a morte da cantora Carmen Miranda - 1955; a renúncia do presidente da República Jânio Quadros - (1961), a chegada do Homem à Lua - (1969). Acreditava que a voz era dádiva de Deus e não se preocupava em preservá-la. Boêmio, bebia e fumava em excesso. Depois do expediente, era comum lotar a casa de amigos para notívagos bate-papos. Quando as visitas partiam, virava-se para a esposa, a jornalista Jacyra Domingues, e dizia: "Já faz muito tempo que estou em casa, vamos sair para dançar."

Foi o primeiro apresentador de televisão, quando ingressou na TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1961. Desde 1972, estava na TV Globo ,(Rede Globo), do Rio de Janeiro.

Eufórico para anunciar com exclusividade o impeachment do ex-presidente norte-americano Richard Nixon; sem imaginar que seria seu último noticiário. Poucas horas depois foi jantar com os amigos, tendo tido um infarto fulminante no local. Os amigos acreditam que Domingues foi vencido pela emoção.

Curiosidades

Uma equipe médica estudou a voz de Domingues por dez anos e nenhuma alteração foi observada, um fenômeno. "Bebo e fumo em excesso", disse ele. "Pois continue bebendo e fumando", aconselharam os médicos.

"a testemunha ocular da história".

Dos anos 1930 até o final dos anos 1950, o rádio possuía um enorme "glamour" no Brasil. Ser artista ou cantor de rádio era um desejo acalentado por milhares de pessoas, especialmente os jovens. Pertencer aos "cast" de uma grande emissora como a Rádio Nacional era suficiente para que o artista conseguisse fazer sucesso em todo o país e obtivesse grande destaque e prestígio.

Atualmente, parte significativa do acervo da Rádio encontra-se no Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro. Trata-se da "Coleção Rádio Nacional", constituída por 31 mil discos de 78 rpm, mais os discos de acetados referentes a 5.171 programas, 1.873 de gravações musicais inéditas, 88 de prefixos, 82 de "jingles" e 7 de efeitos, todos já copiados em CDs. Há, ainda, cerca de 20 mil arranjos e 1.836 "scripts".

Ligações externas

Dados sobre a Rádio Nacional

Ouça a Rádio Nacional ao vivo
História da Rádio Nacional
Nacional do Rio no site de Radiobrás
Rádio Nacional festeja 70º aniversário

(Matéria no site da ABI)

[v • eEBC - Empresa Brasil de Comunicação ]

A Rádio Nacional do Rio de Janeiro é uma emissora de rádio brasileira. Foi criada em 12 de setembro de 1936 tornou-se um marco na história do rádio brasileiro. Até a década de 1970 operava nos 980 kHz no lugar da Rádio Philips, desde então opera nos 1130 kHz.

História

Inicialmente uma empresa privada pertencente ao grupo jornalístico "A Noite", foi estatizada pelo Estado Novo de Getúlio Vargas em 8 de março de 1940 que a transformou na rádio oficial do Governo brasileiro.

Mais interessado no poder e na penetração do rádio como instrumento de propaganda o Estado Novo permitiu que os lucros auferidos com publicidade fossem aplicados na melhoria da estrutura da rádio o que permitiu que a Rádio Nacional mantivesse o melhor elenco de músicos, cantores e radioatores da época, além da constante atualização e melhoria de suas instalações e equipamentos.

Em 1941, a Rádio Nacional apresentou a primeira radionovela do país.
"Em busca da Felicidade"
Em 1942, inaugurou a primeira emissora de ondas curtas, fato que deu aos seus programas uma dimensão nacional.

A rádio também contava com programas de humor como: “Balança mais não cai” que contava com Paulo Gracindo, Brandão Filho, Walter D’Ávila, entre outros, e “PRK-30” que simulava uma emissora clandestina que “invadia” a freqüência da Rádio Nacional, o programa era escrito, dirigido e apresentado por Lauro Borges e Castro Barbosa, ele parodiava outros programas, inclusive da própria Rádio Nacional, propagandas e até cantores e músicas.

Foi pioneira também no radiojornalismo quando, em 1941, durante a II Guerra Mundial, criou o Repórter Esso. Criado basicamente para noticiar a guerra sob o ponto de vista dos aliados, o Repórter Esso acabou criando um padrão inédito de qualidade no radiojornalismo brasileiro que, até então, limitava-se a ler no ar as notícias dos jornais impressos. Com o seu modo austero e preciso de noticiar, o Repórter Esso fez escola e serviu de modelo para diversos outros programas de notícias que se seguiram, até mesmo na televisão. O Repórter Esso ficou no ar até 1968 e seu slogan era: "a testemunha ocular da história".

Dos anos 1930 até o final dos anos 1950, o rádio possuía um enorme "glamour" no Brasil. Ser artista ou cantor de rádio era um desejo acalentado por milhares de pessoas, especialmente os jovens. Pertencer aos "cast" de uma grande emissora como a Rádio Nacional era suficiente para que o artista conseguisse fazer sucesso em todo o país e obtivesse grande destaque e prestígio.

Atualmente, parte significativa do acervo da Rádio encontra-se no Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro. Trata-se da "Coleção Rádio Nacional", constituída por 31 mil discos de 78 rpm, mais os discos de acetados referentes a 5.171 programas, 1.873 de gravações musicais inéditas, 88 de prefixos, 82 de "jingles" e 7 de efeitos, todos já copiados em CDs. Há, ainda, cerca de 20 mil arranjos e 1.836 "scripts".

Ligações externas

Dados sobre a Rádio Nacional
Ouça a Rádio Nacional ao vivo
História da Rádio Nacional
Nacional do Rio no site de Radiobrás
Rádio Nacional festeja 70º aniversário (Matéria no site da ABI)

[v • eEBC - Empresa Brasil de Comunicação ]


Rádio Nacional do Rio de Janeiro
Radiobrás Empresa Brasileira de Comunicação S/A

Painel do estúdio da Nacional Rio
Wilsom Dias/Agência Brasil

País Brasil
Localidade {{{localidade}}}
Sede Rio de Janeiro
Slogan Nacional, uma emissora Radiobras
Fundação 12 de setembro de 1936
Extinção {{{extinto}}}
Fundador {{{fundador}}}
Pertence a {{{pertence a}}}
Arrendatário {{{controlador}}}
Proprietário Empresa Brasil de Comunicação
Sócio {{{sócio}}}
Comunicadores Astrid Nick
Cirilo Reis
Gláucia Araújo
Carlos Borges
Jair Lemos
Idioma Língua Portuguesa
Frequência 1130 kHz (Rio)
Potência {{{potencia}}}
Canal {{{canal}}}
Afiliações {{{afiliacoes}}}
Gênero jornalismo, entretenimento, esportes
Principais telespectadores {{{faixa_etaria}}}
Afiliações {{{afiliações}}}
Prefixo ZYJ 460
Significado da sigla {{{significado letras}}}
Cobertura {{{cobertura}}}
Afiliações anteriores {{{afiliacoes_anteriores}}}
Nomes anteriores {{{nomes_antigos}}}
Sucessora {{{sucessora}}}
Página oficial http://www.radiobras.gov.br/estatico/radio_nacional_rj.htm


Congresso de Viena

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

politica da Santa aliança

O Congresso de Viena por Jean-Baptiste Isabey, 1819.O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes potências européias que teve lugar na capital austríaca, entre 1 de Outubro de 1814 e 9 de Junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleônica na primavera anterior, iniciar a recolonização (como visto na Revolução Liberal do Porto, no caso do Brasil), restaurar os respectivos tronos às famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão Bonaparte (como a restauração dos Bourbon) e firmar uma aliança entre os signatários.

Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de Maio de 1814), no qual se estabeleciam as indenizações a pagar pela França aos países vencedores. Mesmo diante do regresso ex-imperador Napoleão I do exílio, tendo reassumido o poder em França em Março de 1815, as discussões prosseguiram, concentradas em determinar a forma de toda a Europa depois das guerras napoleônicas. O Ato Final do Congresso foi assinado a 9 de Junho de 1815, nove dias antes da derrota final de Napoleão na batalha de Waterloo.

Índice

1 Objetivo
2 Medidas
3 Participantes
4 Princípios
5 Diretrizes
6 Consequências
7 Bibliografia
8 Ligações externas


Objetivo

O objetivo do congresso foi buscar e afirmar um equilíbrio entre as nações com o intuito de evitar guerras e revoluções.

Após o fim da época napoleônica, que provocou mudanças políticas e econômicas em toda a Europa, os países vencedores (Áustria, Rússia, Prússia e Reino Unido) sentiram a necessidade de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já que momentos de instabilidade eram vividos.

O Congresso de Viena foi uma conferência entre as potências vencedoras da batalha contra o Império de Napoleão que ocorreu entre 1 de Outubro de 1814 e 9 de Junho de 1815. Os objetivos desses países eram redesenhar o mapa político europeu, restabelecer a ordem na França e equilibrar suas forças, no sentido de garantir a paz na Europa.

Medidas

Foram adotados uma política e um instrumento de ação:

Política: Restauração legitimista e compensações territoriais.
Instrumento de Ação: Santa Aliança, aliança político-militar reunindo exércitos feudais prontos para intervir em qualquer situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de intervir nas independências da América. Contra isso foi
criada a "Doutrina Monroe" (América para Americanos).

Participantes

O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich, contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado.

A Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e acadêmico Wilhelm von Humboldt.

O Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur Wellesley, Duque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty.

A Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros.

A França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.

A Áustria estava representada pelo seu general-chefe, Metternich.

Inicialmente, os representantes das quatro potências vitoriosas esperavam excluir os franceses de participar nas negociações mais sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu incluir-se nesses conselhos desde as primeiras semanas de negociações.

O congresso nunca teve uma sessão plenária de facto: as sessões eram informais entre as grandes potências. Devido à maior parte dos trabalhos ser feito por estas cinco potências (com, algumas questões dos representantes de Espanha, Portugal, Suécia e dos estados alemães), a maioria das delegações pouco tinha que fazer, pelo que o anfitrião, Francisco II, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, oferecia entretenimento para as manter ocupadas. Isto levou a um comentário famoso pelo Príncipe de Ligne: le Congrès ne marche pas; il danse. (o Congresso não anda; ele dança.)

No encerramento do Congresso de Viena, pelo Artigo 105 do Acto Final, o direito português ao território de Olivença foi reconhecido. Na verdade o que existia era um " leilão" entre povos e territórios.

Princípios

Três princípios básicos nortearam as discussões do Congresso de Viena:

O princípio da legitimidade, defendido sobretudo por Talleyrand a partir do qual se consideravam legítimos os governos e as fronteiras que vigoravam antes da Revolução Francesa. Atendia os interesses dos Estados vencedores na guerra contra Napoleão Bonaparte, mas, ao mesmo tempo, buscava salvaguardar a França de perdas territoriais, assim como da intervenção estrangeira. Os representantes dos governos mais reacionários acreditavam que poderiam, assim, restaurar o Antigo Regime e bloquear o avanço liberal. Contudo, o acesso não foi respeitado, porque as quatro potências do Congresso trataram de obter algumas vantagens na hora de desenhar a nova organização geopolítica da Europa.
O princípio da restauração, que era a grande preocupação das monarquias absolutistas, uma vez que se tratava de recolocar a Europa na mesma situação política em que se encontrava antes da Revolução Francesa, que guilhotinou ao rei absolutista e criou um regime republicano, a República, que acabou com os privilégios reais e instituiu o direito legítimo de propriedade aos burgueses. Os governos absolutistas defendiam a intervenção militar nos reinos em que houvesse ameaça de revoltas liberais.
O Princípio do equilíbrio, defendeu a organização equilibrada dos poderes econômico e político europeus dividindo territórios de alguns países, como, por exemplo, a Confederação Alemã que foi dividida em 39 Estados sendo a Prússia e a Áustria como líderes, e anexando outros territórios a países adjacentes, como o caso da Bélgica que foi anexada aos Países Baixos.

Diretrizes

Momento de reação conservadora na Europa, articulado na presença de representantes dos diversos países vencedores de Napoleão, o objetivo declarado deste fórum era o de solucionar os problemas suscitados no continente desde a Revolução Francesa (1789) e as conquistas napoleônicas. Temia-se uma nova revolução.

As diretrizes fundamentais do Congresso de Viena foram: o princípio da legitimidade, a restauração, o equilíbrio de poder e, no plano geopolítico, a consagração do conceito de "fronteiras geográficas".

Restauração e Legitimidade

Essa diretriz estabelecia que deveriam voltar ao trono(restauração) os legítimos governantes (legitimidade) que estavam no poder antes da Revolução. As antigas dinastias reinantes retornam ao poder. Essa posição foi defendida pelo representante francês, Talleyrand, garantindo, com isso, que os Bourbons retornassem ao poder com a anuência dos vencedores. Talleyrand usou também o conceito de legitimidade para evitar que a França derrotada perdesse território para seus vizinhos, isto é, conseguiu restaurar as antigas fronteiras (consideradas "legítimas"), anteriores a 1790.

Equilíbrio de Poder e Fronteiras Geográficas
Outra decisão importante das grandes potências reunidas em Viena foi a consagração da idéia de balança do poder. Segundo essa perspectiva, considerava-se que só fora possível o fenômeno Napoleão na Europa porque ele havia juntado uma tal soma de recursos materiais e humanos que, aliados à sua capacidade política e militar, provocaram todo aquele período de guerras.

As grandes potências decidiram então dividir os recursos materiais e humanos da Europa, de tal maneira que uma potência não pudesse ser mais poderosa que a outra (balança e equilíbrio de poder); sendo assim, nenhum outro Napoleão se atreveria a desafiar seu vizinho, sabedor de que este contaria com os mesmos recursos.

Sendo esse o critério estabelecido, trataram de pô-lo em prática, resultando num mapa europeu em que as etnias e as nacionalidades não foram levadas em consideração, tal como aconteceu com a partilha da Polônia, por exemplo.

Uma vez estabelecida a paz, haveria a necessidade de manutenção de exércitos? Os estadistas reunidos em Viena foram unânimes em responder afirmativamente. Tratava-se de manter forças armadas exatamente para preservar a paz alcançada.
A garantia da paz residia, a partir de então, na preservação das fronteiras geográficas estabelecidas justamente para evitar que qualquer potência viesse a romper o equilíbrio, anexando recursos de seus vizinhos e pondo em risco todo o sistema de estados europeus. O princípio geopolítico das "fronteiras geográficas" perdurou até o término da Segunda Guerra Mundial, quando esse conceito foi substituído pelo conceito de "fronteiras ideológicas", no contexto da Guerra Fria.

Consequências

A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia;
A Áustria anexou a região dos Bálcãs.

A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas.

O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;
A Suécia e a Noruega uniram-se.

A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia e com as províncias do Reno.

A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se com aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos.

Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, a Prússia e a Áustria participavam dessa Confederação .

A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias.

O Congresso de Viena logrou garantir a paz na Europa . Além das disposições políticas territoriais, estabeleceu:

o princípio da livre-navegação do Reno e do Meuse.

A condenação do tráfico de escravos, determinando sua proibição ao norte da linha do Equador.

Medidas favoráveis para a melhoria das condições dos judeus.
um regulamento sobre a prática das atividades diplomáticas entre os países.

Bibliografia

Magnoli, Demetrio. História da Paz. São Paulo: Editora Contexto, 2008. 448p. ISBN 85-7244-396-7
Nicolson, Harold. The Congress of Vienna: A Study in Allied Unity, 1812-1822. Grove Press, 2000. ISBN 080213744X

Ligações externas

Deutsche Welle - Congresso de Viena restabeleceu ordem geopolítica na Europa

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Países Signatários da Declaração

Albânia, Alemanha, Andorra, Áustria, Arménia, Arzebeijão, Bélgica, Bósnia - Herzegovina, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, República da Macedónia, Federação Russa, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Moldávia, Noruega, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia, Santa Sé, Sérvia-Montenegro, Suécia, Suíça, Portugal, Turquia, Ucrânia, Vaticano.


Iluminismo
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Iluminismo, Esclarecimento ou Ilustração (em alemão Aufklärung, em inglês Enlightenment, em italiano Illuminismo, em francês Siècle des Lumières, em espanhol Ilustración) designam uma época da história intelectual ocidental.

Índice

1ª Definição

2 As fases do Iluminismo
3 Os Iluminismos Regionais
3.1 Alemanha
3.2 Escócia
3.3 Estados Unidos
3.4 França
3.5 Inglaterra
3.6 Espaço luso-brasileiro
4 Impacto
5 Iluministas notáveis
6 Referências


Definição

Ainda que importantes autores contemporâneos venham ressaltando as origens do Iluminismo no século XVII tardio,[1] não há consenso abrangente quanto à datação do início da era do Iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes . [2] O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-15).[3]

Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas,correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio, Iluminismo escocês e Iluminismo católico.


Immanuel KantO uso do termo Iluminismo na forma singular justifica-se, contudo, dadas certas tendências gerais comuns a todos os iluminismos, nomeadamente, a ênfase nas idéias de progresso e perfectibilidade humana, assim como a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias tradicionais.

O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.[4] Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:

"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".[5]

As fases do Iluminismo

Frontispício da Encyclopédie (1772), desenhado por Charles-Nicolas Cochin e gravado por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: a figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade.Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano.[6] Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e superstição que creditavam ao legado da Idade Média. A maior parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento crítico à tarefa do melhoramento do estado e da sociedade.

Entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII, a principal influência sobre a filosofia do iluminismo proveio das concepções mecanicistas da natureza que haviam surgido na sequência da chamada revolução científica do século XVII. Neste contexto, o mais influente dos cientistas e filósofos da natureza foi então o físico inglês Isaac Newton. Em geral, pode-se afirmar que a primeira fase do Iluminismo foi marcada por tentativas de importação do modelo de estudo dos fenômenos físicos para a compreensão dos fenômenos humanos e culturais.

No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, muitos pensadores iluministas passaram a afastar-se das premissas mecanicistas legadas pelas teorias físicas do século XVII, aproximando-se então das teorias vitalistas que eram desenvolvidas pelas nascentes ciências da vida.[7] Boa parte das teorias sociais e das filosofias da história desenvolvidas na segunda metade do século XVIII, por autores como Denis Diderot e Johann Gottfried von Herder, entre muitos outros, foram fortemente inspiradas pela obra de naturalistas tais como Buffon e Johann Friedrich Blumenbach.

Os Iluminismos Regionais

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Alemanha

No espaço cultural alemão, um dos traços distintivos do Iluminismo (Aufklärung) é a inexistência do sentimento anticlerical que, por exemplo, deu a tônica ao Iluminismo francês. Os iluministas alemães possuíam, quase todos, profundo interesse e sensibilidade religiosas, e almejavam uma reformulação das formas de religiosidade. O nome mais conhecido da Aufklärung foi Immanuel Kant. Outros importantes expoentes do iluminismo alemão foram: Johann Gottfried von Herder, Gotthold Ephraim Lessing, Moses Mendelssohn, entre outros.

Escócia

David Hume, retratado por Allan Ramsey, 1766.A Escócia, curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa ocidental no século XVIII, foi um dos mais importantes espaços de produção de idéias associadas ao Iluminismo. Empirismo e pragmatismo foram as tendências mais marcantes do Iluminismo Escocês. Dentre os seus mais importantes expoentes destacam-se, entre outros: Adam Ferguson, David Hume, Francis Hutcheson, Thomas Reid, Adam Smith.

Estados Unidos

Nas colônias britânicas que formariam os futuros Estados Unidos da América, os ideais iluministas chegaram por importação da metrópole, mas tenderam a ser redesenhados com contornos religiosa e politicamente mais radicais. Idéias iluministas exerceram uma enorme influência sobre o pensamento e prática política dos chamados founding fathers (pais fundadores) dos Estados Unidos, entre eles:John Adams, Samuel Adams, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Alexander Hamilton e James Madison.

França

Voltaire, retratado por Nicolas de Largillière, 1718.Na França, país de tradição católica, mas onde as correntes protestantes, nomeadamente os huguenotes, também desempenharam um papel dinamizador, havia uma tensão crescente entre as estruturas políticas conservadoras e os pensadores iluministas. Rousseau, por exemplo, originário de uma família huguenote e colaborador da Encyclopédie, foi perseguido e obrigado a exilar-se na Inglaterra. O conflito entre uma sociedade feudal e católica e as novas forças de pendor protestante e mercantil, irá culminar na Revolução Francesa. Madame de Staël, com o seu salão literário, onde avultam grandes nomes da vida cultural e política francesa, será aí uma grande referência.

Inglaterra

Na Inglaterra, a influência católica havia sido definitivamente afastada do poder político em 1688, com a Revolução Gloriosa. A partir de então, nenhum católico voltaria a subir ao trono - embora a Igreja da Inglaterra tenha permanecido bastante próxima do Catolicismo em termos doutrinários e de organização interna. Sem o controle que a Igreja Católica exercia em outras sociedades, a exemplo da espanhola ou a portuguesa, é no Reino Unido que figuras como John Locke e Edward Gibbon dispõem da liberdade de expressão necessária ao desenvolvimento de suas idéias.

Espaço luso-brasileiro

Marquês de Pombal.Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o primeiro-ministro de Portugal ali teria recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal foi um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrara-se por vezes hostil à influência daqueles que em Portugal eram chamados pejorativamente de estrangeirados - fato pretensamente relacionado à influência Católica. Também ao longo do século XVIII, o ambiente cultural português permanecera pouco dinâmico, fato nada surpreendente num país onde mais de 80% da população era analfabeta.

Nas colônias americanas do Império Português, foi notável a influência de ideais iluministas sobre os escritos econômicos tanto de José de Azeredo Coutinho quanto de José da Silva Lisboa. Também se podem considerar como "iluministas" diversos dos intelectuais que participaram de revoltas anticoloniais no final do século XVIII, tais como Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.

Impacto

Declaracão dos Direitos Humanos, França, 1789, um dos muitos documentos políticos produzidos no século XVIII sob a inspiração do ideário iluministaO Iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte dos países ocidentais. A época do Iluminismo foi marcada por transformações políticas tais como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão de direitos civis, e a redução da influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja.

O Iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de eventos políticos que se revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno, tais como a Revolução Francesa, a Constituição polaca de 1791, a Revolução Dezembrista na Rússia em 1825, o movimento de independência na Grécia e nos Balcãs, bem como, naturalmente, os diversos movimentos de emancipação nacional ocorridos no continente americano a partir de 1776.

Muitos autores associam ao ideário iluminista o surgimento das principais correntes de pensamento que caracterizariam o século XIX, a saber, liberalismo, socialismo, e social-democracia.

Iluministas notáveis
(ordenados por ano de nascimento)

Bento de Espinosa (1632–1672), filósofo neerlandês, com ascendência judaica portuguesa. É considerado o precursor das correntes mais radicais do pensamento iluminista. Escrito mais importante: Tratado Teológico-Político (1670).
John Locke (1632 - 1704), filósofo inglês. Escritos mais importantes: Ensaio sobre o entendimento humano (1689); Dois tratados sobre governo (1689).
Montesquieu (Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu) (1689-1755), filósofo francês. Notabilizou-se pela sua teoria da separação dos poderes do estado(Legislativo, Executivo e Judiciario), a qual exerceu importante influência sobre diversos textos constitucionais modernos e contemporâneos. Escrito mais importante: Do Espírito das Leis (1748).
Voltaire (pseudónimo de François-Marie Arouet)(1694-1778), Defendia uma monarquia esclarecida.Filósofo francês, era deista(acreditava que para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão). Notabilizou-se pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual. Escritos mais importantes: Ensaio sobre os costumes (1756); Dicionário Filosófico (1764)Cartas Inglesas.
Benjamin Franklin (1706-1790), político, cientista e filósofo estadunidense. Participou ativamente dos eventos que levaram à independência dos Estados Unidos e da elaboração da constituição de 1787.
Buffon (Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon) (1707-1788), naturalista francês. A sua principal obra, A história natural, geral e particular (1749–1778; 36 volumes), exerceu capital influência sobre as concepções de natureza e história dos autores do Iluminismo tardio.
David Hume (1711-1776), filósofo e historiador escocês.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo francês. Escrito mais importante: Do Contrato Social.

Denis Diderot, retratado por Louis-Michel van Loo, 1767.Denis Diderot (1713-1784), filósofo francês. Elaborou juntamente com D'Alembert a "Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios", composta de 33 volumes publicados, pretendia reunir todo o conhecimento humano disponível, que tornou-se o principal vínculo de divulgação de suas idéias naquela época. Também se dedicou à teoria da literatura e à ética trabalhista.
Adam Smith (1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito mais famoso é A Riqueza das Nações.
Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral.
Gotthold Ephraim Lessing (1729–1781), dramaturgo e filósofo alemão. É um dos principais nomes do teatro alemão na época moderna. Nos seus escritos sobre filosofia e religião, defendeu que os fiéis cristãos deveriam ter o direito à liberdade de pensamento.
Edward Gibbon (1737–1794), historiador inglês.
Benjamin Constant (1767–1830), político, filósofo e escritor de nacionalidade franco-suiça. Um dos pioneiros do Liberalismo, amigo pessoal de Madame de Stäel e aluno de Adam Smith e David Hume na Escócia. Constant foi imensamente influenciado pelo Iluminismo Escocês, tanto em seu trabalho sobre Religião, quanto em seus ideais de liberdade individual.



Referências

↑ Israel, Jonathan (2003). Radical Enlightenment: Philosophy and the Making of Modernity, 1650-1750. (ISBN 0-19-820608-9 hardback, ISBN 0-19-925456-7)
↑ The European Enlightenment (1996).
↑ The Age of Enlightenment (2008).
↑ Reill, Peter Hanns (2004) "Introduction". In: Encyclopedia of the Enlightenment. Editada por Peter Reill and Ellen Wilson. New York: Facts on File, pp. x-xi ISBN 0-8160-5335-9
↑ Kant, Immanuel (1784). Beantwortung der Frage : Was ist Aufklärung
↑ The Age of Enlightenment (1992).
↑ Reill, Peter (1986). “Science and the Science of History in the Spätaufklärung”. In: Aufklärung und Geschichte. Studien zur deutschen Geschichtswissenschaft im 18. Jahrhundert. Organizado por Hans Erich Bödecker et alli. Göttingen: Vanderhoeck & Ruprecht, pp. 430-449.

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