Tweet altruistas1976: outubro 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O que leva o pais

http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18773_verdade_diretas_link7.html



TUDO ISTO AQUI ACONTECENDO E EU AQUI NA PRAÇA >DANDO MILHO AOS POMBOS...
POMBINHOS BRANCOS AMARELOS MESTIÇOS MULATOS CABOCLOS Negros
Cariocas GAÚCHOS Paulistas Baianos Capixabas São tantos
26 (vinte e seis) estados, 1 (hum) distrito federal e 5565 municipios
Segundo dados do IBGE de 2007, Minas Gerais é o Estado brasileiro com maior número de municípios, 853 – 15,3% dos 5.564 municípios do país. São Paulo vem em segundo lugar, com 645 (11,5%), seguido do Rio Grande do Sul, com 496 (8,9%). Do outro lado do ranking aparece Roraima, com apenas 15 municípios, 0,26% do total do Brasil. O Amapá tem 16 e o Acre é o terceiro Estado com menos municípios, 22 (0,39%).4 EStados alguns degredados outros reconhecidos "vexá" um exemplo a Bahia
Todos desejaram as diretas Já !queriam o direito de escolher quem o representa-se de maneira leal e justa ! um congresso que hoje ninguém se orgulha representado pela nata que lá estava e só puxar a lista encontramos o resultado
Alguns dos parentes dos deputados recebiam mensalmente R$ 9,6 mil, somando salários e gratificações.
- Notícias Regionais -VoteBrasil.

um brasil .
BAHIA: 65 emissoras pertencem a políticos em exercício ou seus ...
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26 Dez 2005 ... Titulares parentes de políticos. 3. 11. 10. 24. Total ligadas a políticos. 4. 34. 27. 65. Total de emissoras na Bahia ...
www.fndc.org.br/arquivos/Politicos-emissoras-BA.pdf .
Somos criados sobre influencia da mídia.votamos sobre a influenciada pela mídia .
Vamos pra Rua se a midia querer que tiramos nossa B.pesada do sofa.
E moda pintar a cara pra ir a guerra.
compra uma camiseta e costumiza-lá em prol de uma causa .se a mídia assim desejar,todos os anos somos bom samaritanos Fome-zero CRIANÇA ESPERANÇA.
agora ser anarquista altruísta o ano inteiro assim não se pode viver sé a rede de entretenimento assim não o quiser ?
Vamos viajar ao ano de 1989 primeira eleições a partir do voto direto


1962 - 1971

O caso Time-Life

A inauguração da TV Globo ocorreu em 26 de abril de 1965. Dois meses depois, Carlos Lacerda denunciaria como ilegais as relações da emissora com o grupo Time-Life. Segundo o então governador da Guanabara, os acordos firmados pela Globo com a empresa norte-americana feriam o artigo 160 da Constituição brasileira, que proibia a participação de capital estrangeiro na gestão ou propriedade de empresas de comunicação. Desencadeou-se, então, uma campanha contra a Globo, que contou com a adesão do deputado João Calmon, presidente da Abert (Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão) e um dos condôminos-proprietários dos Diários e Emissoras Associados, um dos principais grupos de comunicação da época, do qual fazia parte a TV Tupi. 

A questão foi levada ao conhecimento do Contel (Conselho Nacional de Telecomunicações), que em junho de 1965 abriu um processo para investigar o caso. Paralelamente, em outubro do mesmo ano, o deputado Eurico de Oliveira apresentou um requerimento à Câmara pedindo a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. 
  
No dia 20 de abril de 1966, o próprio Roberto Marinho depôs na CPI . Em seu depoimento, o presidente das Organizações Globo afirmou que sempre respeitou a proibição de que estrangeiros fossem proprietários ou participassem da gestão de meios de comunicação. Ele explicou aos congressistas que dois contratos haviam sido firmados com o Time-Life, um contrato de assistência técnica e uma conta de participação: 

“Sr. Presidente, em meados de 1961 a TV Globo estava em seus primórdios, a TV Globo nesta época ainda pertencia à Rádio Globo, que obtivera a concessão. Nós já tínhamos um terreno, na Rua Von Martius, na Gávea, lugar considerado pelos técnicos como ideal para a instalação de um estúdio de televisão. Já tínhamos um projeto do eminente patrício Henrique Mindlin e já dávamos início às escavações para as fundações. Já tínhamos pago quase totalmente os equipamentos eletrônicos, bastantes para uma emissora de televisão. Já tínhamos começado a organizar os nossos planos de trabalho, já que nós tínhamos um pouco de experiência jornalística e de radiodifusão, mas nenhuma de televisão. Foi neste momento que duas organizações americanas, aNBC e a Time-Life, nos procuraram para participarem conosco do empreendimento que íamos levar a efeito. Embora os dois grupos tivessem chegado quase simultaneamente, as nossas preferências se voltaram para a organização do Time-Life, não só porque se tratava de uma grande organização jornalística como porque essa organização se lançara há alguns anos, com grande êxito, na televisão, passando o seu Departamento de Televisão a ser talvez o mais importante departamento daquela grande organização internacional. Estudamos o assunto detidamente com os nossos advogados, já que o Art. 160 da Constituição veda a propriedade e a direção das empresas jornalísticas e de radiodifusão, o que se pode entender, por analogia, à televisão, a estrangeiros. A propriedade e a direção das empresas jornalísticas, de rádio e televisão só podem ser exercidas por brasileiros natos. Estudamos, como disse, detidamente, e chegamos à conclusão de que poderíamos assinar dois contratos com o Time-Life. Um de assistência técnica, nos moldes de numerosos, de centenas, de milhares de contratos de assistência técnica que são estabelecidos com empresas brasileiras, até mesmo com empresas vedadas, como a Petrobrás, a qualquer capital estrangeiro. O outro contrato que achamos poder estabelecer foi uma conta de participação 'joint venture', que, como V. Ex.ªs sabem, é um contrato de financiamento aleatório, uma vez que não dá nenhum direito de direção ou de propriedade a uma empresa, apenas participando o financiador dessa empresa dos seus lucros e prejuízos”. 
  
Em sua definição jurídica, uma joint venture é uma associação de empresas não definitiva, criada para explorar determinado negócio. É um empreendimento conjunto, no qual nenhuma das partes perde sua personalidade jurídica. Difere da sociedade comercial porque se relaciona a um único projeto e porque a associação é dissolvida automaticamente após o seu término. 

No seu depoimento à CPI, Roberto Marinho esclareceu que na ocasião da assinatura dos contratos entre TV Globo e Time-Life, em 24 de julho de 1962, o grupo norte-americano repassou, por adiantamento, a quantia de 300 milhões de cruzeiros mediante a assinatura de uma promissória. Mas o presidente das empresas Globo explicou que o contrato de participação nunca chegou a entrar em vigor: “com o vulto que tomou a TV Globo, com a ampliação dos nossos projetos iniciais e como conseqüência da inflação, nós tivemos de obter maiores recursos. O Time-Life exigiu que nós lhe vendêssemos o edifício de nossa propriedade, o edifício da TV Globo.” 
  
Roberto Marinho leu a carta enviada pelo presidente da Time-Life, Weston C. Pullen Jr., em que ele reitera que, com a conclusão da venda do imóvel da TV Globo, o contrato de participação, chamado de contrato principal, embora nunca tenha entrado em vigor, ficava cancelado para efeito de registro. Roberto Marinho chamou atenção para o fato de que o contrato principal, por nunca ter entrado em vigor, desobrigava-o de apresentá-lo às autoridades brasileiras, mas acrescentou: “Dado o rumo tomado pelos acontecimentos em virtude dessa sucessão de denúncias ruidosas e escandalosas, eu resolvi fornecer aos órgãos que me pediram e, com muito maior razão, forneço neste momento à Câmara este contrato de conta de participação, que é muito importante, porque mostra desde logo em que condições foi iniciado este negócio.”  
  
Em seguida, Roberto Marinho fez um resumo do contrato de participação e destacou o cuidado que a TV Globo teve em circunscrever o acordo realizado ao âmbito estritamente financeiro. A cláusula 5ª explicitava que “a contribuição financeira não dava ao Time-Life o direito de possuir ações de capital da TV Globo nem qualquer direitos que as leis brasileiras atribuíam às ações de capital”. Dizia mais esta cláusula que ficava também expressamente entendido “que Time não terá qualquer interferência direta ou indireta na direção ou administração da TV Globo”. Recorrendo à cláusula 11, Roberto Marinho enfatizou a questão: “As partes concordam em que a responsabilidade, conforme o disposto nesse contrato, pelas atividades de transmissão, bem como pelo procedimento intelectual e comercial da TV Globo, recairá exclusivamente sobre os acionistas da TV Globo e Marinho se compromete a assegurar que todas as ações da TV Globo serão sempre pertencentes a brasileiros natos.” 
  
Quanto ao contrato de assistência técnica, que efetivamente vigorou, Roberto Marinho explicou que a empresa Time-Life se comprometia a enviar à TV Globo, na qualidade de assessor da diretoria, pessoa capacitada no campo da contabilidade. A empresa norte-americana assegurava também o treinamento da equipe da TV Globo nas especialidades necessárias para a operação técnica. 
  
Um dos pontos mais polêmicos da CPI foi a análise das funções na TV Globo do assessor enviado pelo Time-Life, o Joe Wallach. Os parlamentares queriam saber se havia ingerência de Wallach – que era funcionário do grupo norte-americano – na emissora brasileira e se ele participava das decisões sobre questões financeiras. No seu depoimento, Joe Wallach afirmou que era apenas um consultor, que dava idéias gerais de promoção, de assistência técnica e de compra de mercadorias. Ele disse não ter nenhuma responsabilidade sobre a parte financeira e nem sobre a programação da emissora. 
  
Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito – que foi presidida pelo então deputado Roberto Saturnino Braga e teve como relator o deputado Djalma Marinho – terminaram em setembro de 1966, com um parecer desfavorável à Globo. Os parlamentares consideraram que os contratos firmados com o Time-Life feriam a Constituição, alegando que a empresa norte-americana estaria participando da orientação intelectual e administrativa da emissora. 
  
Em fevereiro de 1967, o governo federal mudou a legislação sobre concessões de telecomunicações, criando efetivas restrições aos empréstimos de origem externa e à contratação de assistência técnica do exterior. Contudo, tratava-se de um dispositivo legal sem efeito retroativo, e os contratos do Time-Life com a TV Globo eram de 1962 e 1965. 
  
Em outubro de 1967, o consultor-geral da República Adroaldo Mesquita da Costa emitiu um parecer sobre o caso Globo/Time-Life. Ele considerou que não havia uma sociedade entre as duas empresas. A modalidade jurídica adotada não atribuía ao grupo norte-americano qualquer interferência na gestão da emissora e era legal na época da sua assinatura. 
  
Com o parecer, a situação da TV Globo ficou oficialmente legalizada. Mesmo assim, Roberto Marinho resolveu encerrar o contrato de assistência técnica com o Time-Life e ressarciu o grupo americano do dinheiro desembolsado. Através de empréstimos, tomados em bancos nacionais, e empenhando todos os seus bens pessoais, pôs fim ao acordo com o Time-Life em julho de 1971 
A morte de Lacerda
1957

Concessões de canais

Afirma-se, com freqüência, que o crescimento da Rede Globo de Televisão se deu graças à sua estreita ligação com o regime implantado em março de 1964. O Globo, de fato, apoiou  o movimento militar. Mas esta não foi uma posição exclusiva do jornal. Havia, naquele momento, um posicionamento amplamente majoritário contra o chamado nacional-populismo de João Goulart. Com exceção da Última Hora, todos os principais órgãos de informação do país apoiaram o golpe. Depois de instaurado o primeiro governo, alguns periódicos passaram para a oposição. Roberto Marinho seguiu dando apoio aos militares. Ele acreditava na vocação democrática do presidente Castello Branco e na eficácia da política econômica desenvolvida por Roberto Campos e Octavio Gouvêa de Bulhões. 
  
O presidente das Organizações Globo nunca negou sua simpatia em relação ao regime. Em 7 de outubro de 1984, no editorial “O Julgamento da Revolução” , publicado na primeira página de O Globo, fez um balanço da atuação de seu jornal durante os anos de autoritarismo. Afirma que o jornal teve conflitos com “aqueles que pretenderam assumir o processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o marechal Costa e Silva, ‘por exigência do povo brasileiro’. Sem povo, não haveria revolução, mas apenas um ‘pronunciamento’ ou ‘golpe’, com o qual não estaríamos solidários”. Depois de relacionar os méritos econômicos do regime, o editorial diz textualmente: “Dessa maneira, acima do progresso material, delineava-se o objetivo supremo da preservação dos princípios éticos e do restabelecimento do Estado de Direito”. Em seguida, o editorial  celebra o fim do AI5, do decreto-lei 477, de todos os atos institucionais;  destaca a importância do fim da censura, do fim do poder do presidente de fechar o congresso, de cassar políticos, de confiscar bens e de demitir funcionários. Por último, comemora o fim da pena de banimento, de prisão perpétua e de morte. Em 1988, em entrevista à Folha de S. Paulo, Roberto Marinho admitiu ter apoiado a “ação construtiva” desses governos, mas disse que “fez questão de não obter favores”. 

Desta forma, nenhuma das concessões obtidas pela TV Globo foi dada pelos militares. As duas únicas concessões foram outorgadas antes do período militar: a primeira em 1957, pelo presidente Juscelino Kubitschek, para a Globo do Rio , e a segunda em 1962, por João Goulart, para o canal da emissora em Brasília. 
  
Vale registrar que a primeira concessão foi requerida oficialmente pela Rádio Globo no dia 05 de janeiro de 1951, ainda durante o governo de Eurico Gaspar Dutra. Este requerimento foi analisado pela Comissão Técnica de Rádio, que emitiu um parecer favorável à concessão, aprovada pelo governo dois meses depois, no dia 13 de março. A essa altura, porém, o país tinha um novo presidente, Getúlio Vargas, que tomara posse no dia 31 de janeiro. Dois anos depois, em janeiro de 1953, contrariando o parecer técnico emitido pelo governo, o mesmo Getúlio Vargas voltou atrás e revogou a concessão. Somente em 11 de junho de 1957, durante o governo de Juscelino Kubitschek, o pedido de concessão foi finalmente aprovado. Em seguida, em 13 de dezembro daquele ano, o Conselho Nacional de Telecomunicações publicou o decreto outorgando o Canal 4 do Rio de Janeiro à Rádio Globo. 
  
Para formar a rede, os outros canais foram comprados de particulares: São Paulo e Recife, de Victor Costa; e Belo Horizonte, de João Batista do Amaral. Todas as outras emissoras que compõem a rede são afiliadas; ou seja, são associadas, mas não são de propriedade do grupo. 
  
Durante o período militar, a Rede Globo chegou a enfrentar dificuldades à sua expansão. Em 1978, por exemplo, lhe foi negada a concessão de um canal de televisão em João Pessoa. No mesmo período, a TV Globo também teve negado pedido de concessão para um canal de TV em Curitiba. 
  
O jornalismo da Globo não recebeu nenhum tratamento diferenciado durante o período militar. Como todos os veículos de informação, o seu noticiário sofreu com a censura, que atuava diretamente na emissora na forma de telefonemas, comunicações oficiais e memorandos. Notícias de eventos considerados delicados para o governo, como a morte de Carlos Lamarca, por exemplo, provocavam a presença na emissora de oficiais do SNI (Serviço Nacional de Informação) e do chefe da polícia. Em agosto de 1969, a Globo chegou a ser retirada do ar durante algumas horas como punição pela leitura, no programa de Ibrahim Sued, de uma nota sobre a doença do presidente Costa e Silva. Mesmo no período da abertura, as pressões continuaram grandes sobre a TV Globo. Em 1981, quando ocorreu o atentado no Riocentro, os militares ocuparam a redação da emissora e não deixaram que quase nada fosse exibido sobre o assunto. 
  
A censura não se limitava às notícias: atuava também no entretenimento. Foram inúmeros os casos de censura à dramaturgia da Globo. O mais sério foi o da proibição, a dois dias da estréia, da novela Roque Santeiro, em 1975. O prejuízo foi grande para a emissora: já haviam sido gravados 36 capítulos, com o custo de quinhentos mil dólares (em valores da época). Mas este não foi o único caso. Em dezembro de 1976, a novela Despedida de casado também foi censurada na véspera de estrear, quando já estava com cerca de 30 capítulos gravados.
  
Outro fato a considerar é que a Globo jamais demitiu um profissional em conseqüência de suas idéias ou posições políticas. Ao contrário, mesmo no período mais duro da repressão, contratou vários artistas e intelectuais de esquerda, alguns deles notadamente ligados ao Partido Comunista. Este foi o caso de profissionais como Mário Lago, Gianfrancesco Guarnieri, Dias Gomes, Francisco Milani, Oduvaldo Viana Filho e muitos outros. Vários profissionais foram convocados a depor no DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social), como os jornalistas Alice-Maria Reiniger e Luís Edgar de Andrade, e Roberto Marinho fazia questão de acompanhar ou de ter um dos seus familiares acompanhando os profissionais no interrogatório.

1983/1984

Comícios das Diretas Já




Em 2 de março de 1983, o deputado Dante de Oliveira (PMDB-MT) apresentou ao Congresso Nacional proposta de emenda à Constituição prevendo o restabelecimento de eleições diretas para a presidência da República em dezembro do ano seguinte. Em abril, o PMDB lançou oficialmente a campanha nacional de apoio à emenda, com o slogan que ganharia as ruas: "Diretas já". 

A Rede Globo acompanhou toda a movimentação política em torno da tramitação da emenda Dante de Oliveira no Congresso. Ainda antes do lançamento da campanha, no dia 29 de março de 1983, o Jornal Nacional apresentou uma matéria, de dois minutos e 16 segundos, informando que a Executiva do PMDB se reuniria na semana seguinte para lançar o movimento. O repórter Antônio Britto entrevistou o líder do PMDB na Câmara, deputado Freitas Nobre, que expôs a estratégia da oposição para aprovar o projeto . 

Nos meses seguintes, a campanha começou a ganhar fôlego nas ruas. Em 27 de novembro de 1983, ocorreu a primeira manifestação pública expressiva a favor das Diretas. Foi uma festa-comício organizada no estádio do Pacaembu, em São Paulo, pelos partidos de oposição. Como era um domingo, o Fantástico cobriu o evento. Em matéria de um minuto e 17 segundos, os telespectadores foram informados sobre o show de música e sobre discursos de representantes da igreja católica, das entidades estudantis e dos partidos políticos. O momento mais emocionante foi o anúncio da morte do senador Teotônio Vilela, um dos principais promotores da campanha pelo voto direto . 

Os quatro meses que antecederam a votação da emenda Dante de Oliveira foram dedicados à organização de comícios, que se realizaram por todo o país. O primeiro ocorreu em Curitiba, no Paraná, em 12 de janeiro de 1984, e reuniu cerca de 50 mil pessoas. Nos dias seguintes, novas manifestações aconteceram em Salvador (BA), com 15 mil pessoas, Vitória (ES), com 10 mil, e Campinas (SP), com 12 mil. 

A Globo registrou esses comícios pelas Diretas nos seus telejornais locais. Naquele primeiro momento, as manifestações não entraram nos noticiários de rede por decisão de Roberto Marinho. O presidente das Organizações Globo temia que uma ampla cobertura da televisão pudesse se tornar um fator de inquietação nacional. “Mas a paixão popular foi tamanha que resolvemos tratar o assunto em rede nacional”, afirmou ele em matéria publicada na revista Veja de 5 de setembro de 1984. 
  
Treze dias após o comício de Curitiba, a emissora passou a noticiar todas as manifestações de rua em rede nacional. O primeiro comício a ser noticiado para todo o país foi o que hoje é considerado o primeiro grande comício das diretas, realizado na praça da Sé, em São Paulo, no dia 25 de janeiro. Naquele dia, o Jornal Nacional exibiu reportagem que dedicava um minuto e três segundos exclusivamente ao tema. Mas a matéria provocou polêmicas. A Globo sofreu a acusação de mentir ao telespectador dizendo que o comício era apenas uma festa em comemoração aos 430 anos da cidade de São Paulo. 
  
A origem da confusão foi a chamada da matéria, lida pelo apresentador Marcos Hummel, que se referia ao comício da Sé como um dos eventos comemorativos do aniversário da cidade. O locutor leu a chamada: “Festa em São Paulo. A cidade comemorou seus 430 anos com mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na praça da Sé.” De fato, havia a relação entre a manifestação e o aniversário.NEWTON CRUZ.Naquele momento.

A pressão dos militares sobre a Rede Globo atingiu o seu ápice. Naquele dia, chegou mesmo a adquirir a forma de intimidação pessoal. Antes de o Jornal Nacional ir ao ar, um helicóptero do Exército sobrevoou de maneira ameaçadora a sede da emissora, no Rio de Janeiro, postando-se na altura da janela da sala do então vice-presidente executivo, Roberto Irineu Marinho. o da cidade. Os organizadores haviam marcado o evento para o dia 25 de janeiro justamente para facilitar a participação popular. E, se a chamada da matéria parecia não levar em consideração a dimensão política do comício, em seguida, a reportagem de Ernesto Paglia relatou com todas as letras o seu objetivo: pedir eleições diretas para presidente da República.Veja na íntegra a matéria .

Se por um lado segmentos da sociedade pressionavam a Rede Globo para se engajar nas manifestações pelas Diretas, por outro a emissora vinha sendo pressionada pelos militares a não cobrir os eventos. Woile Guimarães, então diretor dos telejornais de rede, diz que ministros e generais ligavam para Roberto Marinho, ameaçando até mesmo retirar a concessão para o funcionamento da emissora: “Acho que foi a maior pressão que a Rede Globo sofreu. Eu acompanhei um pouco a luta intestina aqui dos profissionais, tentando se solidarizar com o Dr. Roberto, que recebia pressões, talvez as maiores das quais eu fui testemunha.” 
  
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então vice-presidente de operações da TV Globo, confirma: “Naquele momento, a pressão sobre Roberto Marinho foi intensa. Foi uma frustração para mim e para toda a equipe de jornalismo, uma tristeza para o Armando Nogueira e a Alice-Maria, não poder fazer a cobertura de maneira adequada. Nós ficamos limitados pelo poder de audiência que a TV Globo tinha. Isso foi uma tristeza muito grande, mas naquele momento o Dr. Roberto não podia resistir.” 
  
No Rio de Janeiro, uma das primeiras manifestações pelas Diretas foi a passeata na Avenida Rio Branco, no centro da cidade, em 16 de fevereiro. Naquele dia, o Jornal Nacional deu a notícia e mostrou imagens da manifestação . 

Em Minas Gerais, a principal manifestação ocorreu no dia 24 de fevereiro. No Jornal Nacional, numa matéria de um minuto e meio, foram mostrados os preparativos para o evento e imagens do comício, que contou com a participação de diversos artistas epolíticos de oposição . A cobertura completa do final do comício foi ao ar no Jornal da Globo. Em 21 março, o Jornal Nacionalmostrou imagens da população do Rio, que voltou à Avenida Rio Branco para mais uma manifestação pelas Diretas . 

Em abril, a campanha empolgou definitivamente o país. No dia 10, cerca de um milhão de pessoas se reuniram na Candelária, no Rio de Janeiro. A Globo cobriu, então, com grande destaque o evento, dedicando-lhe quase uma hora da sua programação. Foram apresentados diversos flashes durante todo o dia, mostrando desde a chegada dos primeiros manifestantes até o fim do comício. O assunto ocupou nove minutos do Jornal Nacional e invadiu o horário da novela das oito . Toda a parte final do comício foi transmitida ao vivo, com os discursos de Ulysses Guimarães e Leonel Brizola . Mais tarde, a cobertura do comício ocupou 16 dos 21 minutos do Jornal da Globo . 

Naquele momento, a pressão dos militares sobre a Rede Globo atingiu o seu ápice. Naquele dia, chegou mesmo a adquirir a forma de intimidação pessoal. Antes de o Jornal Nacional ir ao ar, um helicóptero do Exército sobrevoou de maneira ameaçadora a sede da emissora, no Rio de Janeiro, postando-se na altura da janela da sala do então vice-presidente executivo, Roberto Irineu Marinho.
Novos comícios a favor das eleições diretas realizaram-se em Goiania, em 12 de abril , e em Porto Alegre, no dia seguinte . OJornal Nacional cobriu os preparativos para as manifestações nas duas cidades e, com entradas ao vivo em seu noticiário, deu as últimas informações sobre os eventos. 

O último grande comício antes da votação da emenda Dante de Oliveira se realizou no dia 16 de abril, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Reuniu quase um milhão e meio de pessoas. Grande parte da edição do Jornal Nacional daquele dia foi dedicada à cobertura do evento .
Dois dias depois, em 18 de abril, o presidente João Figueiredo decretou a adoção, pelo prazo de 60 dias, de medidas de emergência no Distrito Federal e em dez municípios de Goiás. As medidas tinham como executor o general Newton Cruz e incluíam a possibilidade de detenção de cidadãos em edifícios comuns, suspensão da liberdade de reunião e associação, além de intervenção em sindicatos e outras entidades de classe. Foi determinada a censura prévia às emissoras de rádio e de televisão, sendo proibida a transmissão ao vivo de qualquer informação sobre a votação da emenda à Constituição. 
  
O dia anterior ao da votação da emenda Dante de Oliveira foi muito tenso em Brasília. Houve manifestações em favor das Diretas na Esplanada dos Ministérios, e Newton Cruz pôs as tropas na rua para reprimi-las. Apesar de estar impedida de transmitir ao vivo, a Globo conseguiu burlar a proibição, como relata a repórter Sônia Pompeu .
  
No dia 25, antes da votação da emenda Dante de Oliveira ser iniciada, o Jornal Nacional foi ao ar e exibiu imagens sobre o clima no congresso. O apresentador Cid Moreira informou que a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Abert, havia divulgado uma nota de protesto contra a censura de noticiário jornalístico vindo de Brasília.
A votação no Congresso Nacional terminou sem que a emenda das Diretas conseguisse a maioria de dois terços exigida para ser aprovada. Perdeu por apenas 22 votos.
Depoimentos:
Boni 
Armando Nogueira 
Alberico de Souza Cruz
Woile Guimarães 
Antônio Britto 
Ernesto Paglia 
Álvaro Pereira 
Pedro Rogério 
Wianey Pinheiro
A origem da confusão foi a chamada da matéria, lida pelo apresentador Marcos Hummel, que se referia ao comício da Sé como um dos eventos comemorativos do aniversário da cidade. O locutor leu a chamada: “Festa em São Paulo. A cidade comemorou seus 430 anos com mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na praça da Sé.” De fato, havia a relação entre a manifestação e o aniversário da cidade. Os organizadores haviam marcado o evento para o dia 25 de janeiro justamente para facilitar a participação popular. E, se a chamada da matéria parecia não levar em consideração a dimensão política do comício, em seguida, a reportagem de Ernesto Paglia relatou com todas as letras o seu objetivo: pedir eleições diretas para presidente da República.Veja na íntegra a matéria .

Se por um lado segmentos da sociedade pressionavam a Rede Globo para se engajar nas manifestações pelas Diretas, por outro a emissora vinha sendo pressionada pelos militares a não cobrir os eventos. Woile Guimarães, então diretor dos telejornais de rede, diz que ministros e generais ligavam para Roberto Marinho, ameaçando até mesmo retirar a concessão para o funcionamento da emissora: “Acho que foi a maior pressão que a Rede Globo sofreu. Eu acompanhei um pouco a luta intestina aqui dos profissionais, tentando se solidarizar com o Dr. Roberto, que recebia pressões, talvez as maiores das quais eu fui testemunha.” 
  
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então vice-presidente de operações da TV Globo, confirma: “Naquele momento, a pressão sobre Roberto Marinho foi intensa. Foi uma frustração para mim e para toda a equipe de jornalismo, uma tristeza para o Armando Nogueira e a Alice-Maria, não poder fazer a cobertura de maneira adequada. Nós ficamos limitados pelo poder de audiência que a TV Globo tinha. Isso foi uma tristeza muito grande, mas naquele momento o Dr. Roberto não podia resistir.” 
  
No Rio de Janeiro, uma das primeiras manifestações pelas Diretas foi a passeata na Avenida Rio Branco, no centro da cidade, em 16 de fevereiro. Naquele dia, o Jornal Nacional deu a notícia e mostrou imagens da manifestação . 

Em Minas Gerais, a principal manifestação ocorreu no dia 24 de fevereiro. No Jornal Nacional, numa matéria de um minuto e meio, foram mostrados os preparativos para o evento e imagens do comício, que contou com a participação de diversos artistas epolíticos de oposição . A cobertura completa do final do comício foi ao ar no Jornal da Globo. Em 21 março, o Jornal Nacionalmostrou imagens da população do Rio, que voltou à Avenida Rio Branco para mais uma manifestação pelas Diretas . 

Em abril, a campanha empolgou definitivamente o país. No dia 10, cerca de um milhão de pessoas se reuniram na Candelária, no Rio de Janeiro. A Globo cobriu, então, com grande destaque o evento, dedicando-lhe quase uma hora da sua programação. Foram apresentados diversos flashes durante todo o dia, mostrando desde a chegada dos primeiros manifestantes até o fim do comício. O assunto ocupou nove minutos do Jornal Nacional e invadiu o horário da novela das oito . Toda a parte final do comício foi transmitida ao vivo, com os discursos de Ulysses Guimarães e Leonel Brizola . Mais tarde, a cobertura do comício ocupou 16 dos 21 minutos do Jornal da Globo . 

Naquele momento, a pressão dos militares sobre a Rede Globo atingiu o seu ápice. Naquele dia, chegou mesmo a adquirir a forma de intimidação pessoal. Antes de o Jornal Nacional ir ao ar, um helicóptero do Exército sobrevoou de maneira ameaçadora a sede da emissora, no Rio de Janeiro, postando-se na altura da janela da sala do então vice-presidente executivo, Roberto Irineu Marinho.
Novos comícios a favor das eleições diretas realizaram-se em Goiania, em 12 de abril , e em Porto Alegre, no dia seguinte . OJornal Nacional cobriu os preparativos para as manifestações nas duas cidades e, com entradas ao vivo em seu noticiário, deu as últimas informações sobre os eventos. 

O último grande comício antes da votação da emenda Dante de Oliveira se realizou no dia 16 de abril, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Reuniu quase um milhão e meio de pessoas. Grande parte da edição do Jornal Nacional daquele dia foi dedicada à cobertura do evento .
Dois dias depois, em 18 de abril, o presidente João Figueiredo decretou a adoção, pelo prazo de 60 dias, de medidas de emergência no Distrito Federal e em dez municípios de Goiás. As medidas tinham como executor o general Newton Cruz e incluíam a possibilidade de detenção de cidadãos em edifícios comuns, suspensão da liberdade de reunião e associação, além de intervenção em sindicatos e outras entidades de classe. Foi determinada a censura prévia às emissoras de rádio e de televisão, sendo proibida a transmissão ao vivo de qualquer informação sobre a votação da emenda à Constituição. 
  
O dia anterior ao da votação da emenda Dante de Oliveira foi muito tenso em Brasília. Houve manifestações em favor das Diretas na Esplanada dos Ministérios, e Newton Cruz pôs as tropas na rua para reprimi-las. Apesar de estar impedida de transmitir ao vivo, a Globo conseguiu burlar a proibição, como relata a repórter Sônia Pompeu .
http://wm.globo.com/webmedia/windows.asx?usuario=tvg_memoria_wm&tipo=ondemand&path=/soniapompeu.wma&ext.asx
  
No dia 25, antes da votação da emenda Dante de Oliveira ser iniciada, o Jornal Nacional foi ao ar e exibiu imagens sobre o clima no congresso. O apresentador Cid Moreira informou que a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Abert, havia divulgado uma nota de protesto contra a censura de noticiário jornalístico vindo de Brasília.
A votação no Congresso Nacional terminou sem que a emenda das Diretas conseguisse a maioria de dois terços exigida para ser aprovada. Perdeu por apenas 22 votos.
Depoimentos:
Boni 
Armando Nogueira 
Alberico de Souza Cruz
Woile Guimarães 
Antônio Britto 
Ernesto Paglia 
Álvaro Pereira 
Pedro Rogério 
Wianey Pinheiro
♦♣♠♦♣ ao fato do Voou do helicóptero♦♣♠
UM SENTIMENTO DE TRAIÇÃO
.Naquele momento, a pressão dos militares sobre a Rede Globo atingiu o seu ápice. Naquele dia, chegou mesmo a adquirir a forma de intimidação pessoal. Antes de o Jornal Nacional ir ao ar, um helicóptero do Exército sobrevoou de maneira ameaçadora a sede da emissora, no Rio de Janeiro, postando-se na altura da janela da sala do então vice-presidente executivo, Roberto Irineu Marinho.
O último grande comício antes da votação da emenda Dante de Oliveira se realizou no dia 16 de abril, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Reuniu quase um milhão e meio de pessoas. Grande parte da edição do Jornal Nacional daquele dia foi dedicada à cobertura do evento .
Dois dias depois, em 18 de abril, o presidente João Figueiredo decretou a adoção, pelo prazo de 60 dias, de medidas de emergência no Distrito Federal e em dez municípios de Goiás. As medidas tinham como executor o general Newton Cruz e incluíam a possibilidade de detenção de cidadãos em edifícios comuns, suspensão da liberdade de reunião e associação, além de intervenção em sindicatos e outras entidades de classe. Foi determinada a censura prévia às emissoras de rádio e de televisão, sendo proibida a transmissão ao vivo de qualquer informação sobre a votação da emenda à Constituição. 
  
O dia anterior ao da votação da emenda Dante de Oliveira foi muito tenso em Brasília. Houve manifestações em favor das Diretas na Esplanada dos Ministérios, e Newton Cruz pôs as tropas na rua para reprimi-las. Apesar de estar impedida de transmitir ao vivo, a Globo conseguiu burlar a proibição, como relata a repórter Sônia Pompeu .
  

http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/17635_verdade_diretas_link1.html
Pds contra a emenda Direta já
pdt TAMBém
http://memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,171631.html
A influençia Global Osmar santos WaLMOR CHAGAS SP
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/17638_verdade_diretas_link6.html
GOIAS
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/17643_verdade_diretas_link10.html
Relatos do presidente em exercicio
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/17642_verdade_diretas_link11.html
discursos
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/17640_verdade_diretas_link8.html
diretas
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18773_verdade_diretas_link7.html
que org tinha interesse na politica atual do momento
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/17633_verdade_diretas_link3.html
campanha na Baia
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/17639_verdade_diretas_link2.html
Nos meses seguintes, a campanha começou a ganhar fôlego nas ruas. Em 27 de novembro de 1983, ocorreu a primeira manifestação pública expressiva a favor das Diretas. Foi uma festa-comício organizada no estádio do Pacaembu, em São Paulo, pelos partidos de oposição. Como era um domingo, o Fantástico cobriu o evento. Em matéria de um minuto e 17 segundos, os telespectadores foram informados sobre o show de música e sobre discursos de representantes da igreja católica, das entidades estudantis e dos partidos políticos. O momento mais emocionante foi o anúncio da morte do senador Teotônio Vilela, um dos principais promotores da campanha pelo voto direto 

A PRIMEIRA GRANDE ELEIÇÃO

GRUPO DETENTOR DO MONOPOLIO EM ALAGOAS

1989

Debate entre Candidatos à Presidência




Em 1989, os brasileiros foram às urnas para escolher o novo presidente da República. Era a primeira eleição presidencial pelo voto direto, depois de 29 anos. O pleito foi bastante disputado. Havia 23 candidatos, entre os quais estavam os líderes dos principais partidos políticos. 
  
Antes do primeiro turno das eleições, a TV Globo realizou, no programa Palanque eletrônico, entrevistas com os dez principais candidatos à presidência. O programa tinha uma hora de duração e era gerado, ao vivo, do estúdio de São Paulo. O primeiro entrevistado foi Ulysses Guimarães (28/08/1989) , shttp://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18759_verdade_debate89_link1.html seguido por Afif Domingos (29/08/1989)http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18758_verdade_debate89_link2.html, RobertoFreirehttp://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18752_verdade_debate89_link3.html http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18754_verdade_debate89_link4.html (30/08/1989) ,RonaldoCaiado (31/08/1989) http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18767_verdade_debate89_link5.html , PauloMaluf (01/09/1989) http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18753_verdade_debate89_link6.html , Aureliano Chaves (04/09/1989)http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18760_verdade_debate89_link7.htm
 http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18761_verdade_debate89_link8.html Fernando Collor (07/09/1989) ,  e Luiz Inácio Lula da Silva (05/09/1989).
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18768_verdade_debate89_link9.html

No primeiro turno, Fernando Collor (PRN) saiu vitorioso, com 20,6 milhões de votos (o equivalente a 28% do total). Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu 11,6 milhões de votos (16,08% do total), conquistando a outra vaga do segundo turno numa disputa apertada com Leonel Brizola (PDT), que obteve 11,1 milhões de votos, apenas 454.445 a menos (cerca de 0,5% do total de votos).
 http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18771_verdade_debate89_link10.html
Entre o primeiro e o segundo turno da eleição, houve dois debates entre os candidatos Collor e Lula. O primeiro foi realizado nos estúdios da TV Manchete, no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro. O segundo, no dia 14, foi nos estúdios da TV Bandeirantes, em São Paulo. Os dois debates foram transmitidos na íntegra das 21h30 às 24h, por um pool formado pelas quatro principais emissoras de televisão do país: Globo, Bandeirantes, Manchete e SBT. 
  
Assista à versão integral dos dois debates com os candidatos à presidência da República: Primeiro debate (03/12/1989):
porque tamanha preucupação ? A verdade esta Clara.
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18759_verdade_debate89_repercursao.html
 http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/18759_verdade_debate89_segundo_debate.html
Primeira parte
.http://memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,144421.html
 Segunda parte.
http://memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,144422.html  ;
.As duas foram questionadas. A primeira por apresentar um equilíbrio que não houve, e a segunda por privilegiar o desempenho de Collor. Mas foi a segunda que provocou grande polêmica. A Globo foi acusada de ter favorecido o candidato do PRN tanto na seleção dos momentos como no tempo dado a cada candidato, já que Fernando Collor teve um.minuto.e.meio.a.mais.do.que.o.adversário. 
  
O PT chegou a mover uma ação contra a emissora no Tribunal Superior Eleitoral. O partido queria que novos trechos do debate fossem apresentados no Jornal Nacional antes das eleições, como direito de resposta, mas o recurso foi negado. Em frente à sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, atores da própria emissora, junto com outros artistas e intelectuais, protestaram contra a edição. 
  
No entanto, a própria liderança do PT, apesar de não admitir a derrota, reconheceu que Lula não se saíra bem no confronto com Collor. Como noticiou o Jornal do Brasil, antes mesmo da edição do Jornal Nacional ser criticada, “um sentimento de frustração marcara as avaliações que o comando da campanha petista fazia sobre a participação de Lula no debate com o candidato do PRN”(JB , 16/12/1989) . Seis anos depois, em entrevista à revista Imprensa, José Genoino afirmou que o desempenho de Lula tinha sido, realmente, ruim (Imprensa , 06/1995) .

Os responsáveis pela edição do Jornal Nacional afirmaram, tempos depois, que usaram o mesmo critério de edição de uma partida de futebol, na qual são selecionados os melhores momentos de cada time. Segundo eles, o objetivo era que ficasse claro que Collor tinha sido o vencedor do debate, pois Lula realmente havia se saído mal.
Além disso, segundo o Ibope, a audiência total do debate – somadas todas as emissoras que compunham o pool – foi de 66 pontos, maior do que a do Jornal Nacional do dia seguinte, que apresentou 61 pontos. Isso significa que o número de pessoas que assistiu ao debate na íntegra foi maior do que o daqueles que viram a sua edição no JN. 
  
Mas o episódio provocou um inequívoco dano à imagem da TV Globo. Por isso, hoje, a emissora adota como norma não editar debates políticos; eles devem ser vistos na íntegra e ao vivo. Concluiu-se que um debate não pode ser tratado como uma partida de futebol, pois, no confronto de idéias, não há elementos objetivos comparáveis àqueles que, num jogo, permitem apontar um vencedor. Ao condensá-los, necessariamente bons e maus momentos dos candidatos ficarão de fora, segundo a escolha de um editor ou um grupo de editores, e sempre haverá a possibilidade de um dos candidatos questionar a escolha dos trechos e se sentir prejudicado.  
Depoimentos:
Armando Nogueira
Alberico de Souza Cruz
Ronald de Carvalho
Wianey Pinheiro
Octavio Tostes
TERCEIRA PARTE
http://memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,144423.html
Quarta parte.
http://memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,144424.html
quinta parte.

http://memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,144419.html
sexta parte
http://memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,144420.html
No dia seguinte à sua exibição ao vivo e na íntegra, a Rede Globo apresentou duas matérias com edições do último debate: uma no Jornal Hoje  e outra no Jornal Nacional .  As duas foram questionadas. A primeira por apresentar um equilíbrio que não houve, e a segunda por privilegiar o desempenho de Collor. Mas foi a segunda que provocou grande polêmica. A Globo foi acusada de ter favorecido o candidato do PRN tanto na seleção dos momentos como no tempo dado a cada candidato, já que Fernando Collor teve um minuto e meio a mais do que o adversário. 
  
O PT chegou a mover uma ação contra a emissora no Tribunal Superior Eleitoral. O partido queria que novos trechos do debate fossem apresentados no Jornal Nacional antes das eleições, como direito de resposta, mas o recurso foi negado. Em frente à sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, atores da própria emissora, junto com outros artistas e intelectuais, protestaram contra a edição. 
  
No entanto, a própria liderança do PT, apesar de não admitir a derrota, reconheceu que Lula não se saíra bem no confronto com Collor. Como noticiou o Jornal do Brasil, antes mesmo da edição do Jornal Nacional ser criticada, “um sentimento de frustração marcara as avaliações que o comando da campanha petista fazia sobre a participação de Lula no debate com o candidato do PRN”(JB , 16/12/1989)
 http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/verdade_debate89_link13.html
.Seis anos depois, em entrevista à revista Imprensa, José Genoino afirmou que o desempenho de Lula tinha sido, realmente,ruim (Imprensa , 06/1995) .

Os responsáveis pela edição do Jornal Nacional afirmaram, tempos depois, que usaram o mesmo critério de edição de uma partida de futebol, na qual são selecionados os melhores momentos de cada time. Segundo eles, o objetivo era que ficasse claro que Collor tinha sido o vencedor do debate, pois Lula realmente havia se saído mal.
Além disso, segundo o Ibope, a audiência total do debate – somadas todas as emissoras que compunham o pool – foi de 66 pontos, maior do que a do Jornal Nacional do dia seguinte, que apresentou 61 pontos. Isso significa que o número de pessoas que assistiu ao debate na íntegra foi maior do que o daqueles que viram a sua edição no JN. 
  
Mas o episódio provocou um inequívoco dano à imagem da TV Globo. Por isso, hoje, a emissora adota como norma não editar debates políticos; eles devem ser vistos na íntegra e ao vivo. Concluiu-se que um debate não pode ser tratado como uma partida de futebol, pois, no confronto de idéias, não há elementos objetivos comparáveis àqueles que, num jogo, permitem apontar um vencedor. Ao condensá-los, necessariamente bons e maus momentos dos candidatos ficarão de fora, segundo a escolha de um editor ou um grupo de editores, e sempre haverá a possibilidade de um dos candidatos questionar a escolha dos trechos e se sentir prejudicado.  
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/upload/verdade_debate89_link14.html
Depoimentos:
Armando.Nogueira
Alberico.de.Souza.Cruz
Ronald.de.Carvalho
Wianey.Pinheiro
Octavio Tostes
 

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