Tweet altruistas1976: Duarte PORTUGAL Xavier ESPANHOIS

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Duarte PORTUGAL Xavier ESPANHOIS



Interesse em conhecer melhor a historia S. TOMÉ E S. FRANCISCO XAVIER
por que me interesso por assuntos ligados a Índia

Queridos amigos

1. Durante anos tive o desejo de visitar a Índia. Trata-se de um país dotado de um fascínio particular, e ainda mais para mim, pois sei que naquela grandiosa e bonita nação reside missionários que viveram juntamente com alguem de minha origem FAMILIAR São Francisco Xavier (Xavier, 7 de abril de 1506 — China, 2 de dezembro de 1552) foi um missionário cristão e apóstolo navarro, pioneiro e co-fundador da Companhia de Jesus. A Igreja Católica Romana considera que tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário, desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo do Oriente". É o padroeiro dos missionários, Padroeiro da Diocese de Registro (SP) e também um dos padroeiros da Diocese de Macau.
Morreu na China, em Sanchoão, ilha próxima de Macau, onde se preparava para cristianizar aquela vasta região.
Foi canonizado pelo Papa Urbano VIII.
Na Igreja de S. José, em Macau, está depositada uma relíquia sagrada de Francisco Xavier - o úmero do braço direito.
Um parente seu, João de Azpilcueta Navarro, foi um famoso missionário jesuíta no BrasiL O Castelo de Javier localiza-se no termo do município de Javier, na província e comunidade autónoma de Navarra, na Espanha.
Ergue-se em uma elevação em posição dominante sobre a vila, cerca de 52 quilómetros a Leste da capital, Pamplona. O nome de Javier provém do dialecto basco etxebarri (“casa nova”) de onde derivou "xabier" e posteriormente, "javier".
Neste castelo nasceu e viveu São Francisco Xavier, filho dos senhores Javier, de onde tomou o seu apelido. Por essa razão, é o destino de uma concorrida peregrinação anual, em inícios de Março, em homenagem do santo padroeiro de Navarra, chamada popularmente de "Javierada".fiéis malabares e malancares.

conhecer a Igreja católica no Querala, de modo particular a Igreja sírio-malabar, em Ernakulam e Angamaly. Estas visita me daria o ensejo de seguir os passos do Apóstolo S. Tomé e de S. Francisco Xavier, e puder ver pessoalmente os efeitos de como uma cultura tem reagido atraves dos anos a colonização deste pais

Por este motivo,estudo os efeitos da cultura inseridas naquele pais por volta do ano de :1.950º aniversário da chegada do Apóstolo S. Tomé à Índia e o 450º aniversário da morte de S. Francisco Xavier.

Nem o Apóstolo S. Tomé, nem S. Francisco Xavier eram naturais da Índia. Todavia, ambos se tornaram indianos por convicção. Não se tratava de uma simples atracção superficial, mas de uma autêntica abertura do espírito, que procura e instaura a comunhão de pensamentos dogmas e crenças . Hoje, para nós, é importante pensar em S. Tomé e em S. Francisco Xavier como em indianos por convicção, e não apenas como em cidadãos honorários, precisamente como S. Paulo se tornou grego para os gregos, sem deixar de ser judeu para os judeus. Os vínculos estreitos e, às vezes, exclusivos da nacionalidade deviam ser superiores e abertos a uma comunhão de compreensão, respeito e confiança recíprocos. não se fundamentava nos privilégios de classe ou de casta, mas na graça de Deus, que unifica também as realidades mais diversas.

O verdadeiro zelo missionário e à sólida comunhão eclesial deveriam ter levado ao livre arbitro

2. Às vezes, poder-se-ia ter a impressão de que ainda hoje existe um profundo abismo que separa o Oriente do Ocidente. Esta separação não é apenas uma realidade geográfica, histórica ou política, mas parece dividir, em primeiro lugar, o coração humano. Talvez seja por isso que a missão da Igreja no Oriente é freqüentemente questionada considerada em termos bastante críticos, como uma imposição inadequada de crenças e de valores sobre povos que não estão dispostos a aceitá-los.

Por isso, hoje, ouvir que milhões de católicos na Índia e noutras regiões se definem com alegria e gratidão, como "cristãos" de S. Tomé. Uma associação sentida de maneira tão profunda seria [impensável] se S. Tomé, a sua figura e os seus ensinamentos não tivessem sido aceites de modo aberto, do íntimo do coração e com gratidão pelas pessoas que o ouviram e pelos seus descendentes, não como algo imposto mas sim acolhido. Parece que S. Tomé foi um homem por quem as pessoas na Índia se apaixonaram; e, por outro lado, ele também se apaixonou por elas. Muitos séculos mais tarde, numa época em que outra onda de missionários partia para o Oriente, S. Francisco Xavier não só impressionou as velhas e as novas gerações de Jesuítas no Ocidente mas também, por sua vez, ficou supreendido com a fé que encontrou já implantada no Oriente. Também aqui observamos um zelo missionário que só fez surtir os efeitos desejados porque atraía com o amor, e não com a força, a avidez e a ambição. Estas duas figuras, o apóstolo e o missionário, tão amadas e veneradas por toda a Igreja, mas de modo particular pelos cristãos na Índia, só podem indicar-nos o caminho para o autêntico zelo missionário e a sólida comunhão eclesial, se nos deixarmos orientar por elas.

O Caminho de Tomé: a resposta ao mistério da vocação divina

3. O caminho começa com uma vocação, uma vocação concedida por Deus. A missão autêntica é o mistério da resposta a uma vocação, e não a tomada de uma iniciativa de modo isolado. Num trecho particularmente dramático do Evangelho de S. João, S. Tomé rompe o silêncio para "infundir" coragem nos seus companheiros de discipulado, dizendo-lhes: "Vamos, também nós, morrer com Ele!" (Jo 11, 16). Porém, depois desta expressão de lealdade inabalável, por alguns instantes o seu espírito duvidoso parece levá-lo a perder o equilíbrio e ele pergunta qual é o caminho (cf. Jo 14, 5), levando Jesus a dar-lhe uma das definições mais famosas que Ele jamais dera de si mesmo: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Para salvar a todos através da graça do Filho, a vocação recebida de Deus é tão poderosa que torna possível aquilo que parece impossível e reconcilia o que parece irreconciliável.

Ser convidado desta maneira recorda-nos com grande vigor que a nossa vida não nos pertence a nós, mas a Deus e, por conseguinte, a Cristo. Para uma vocação tão abnegada, são necessárias pessoas altruístas. S. Tomé era uma destas pessoas e correspondeu à sua vocação. Ele era enviado por Cristo, e estava consciente disto. Todavia, a sua resposta não foi totalmente desprovida de numerosos desafios externos e internos. Vemos S. Tomé ameaçado por uma luta interior entre a sua lealdade inata e o seu candor desarmante. Talvez seja por este motivo que, nos Evangelhos, ele parece estar com frequência ligado ao caminho e à procura do caminho. O problema apresentou-se na única vez em que ele estava ausente, naquele fatídico domingo, quando a dor o obcecou e, por um momento, não conseguiu acreditar. Mas também nisto ele não está sozinho, porque nenhuma das onze aparições do Senhor ressuscitado, narradas pelo Evangelho, encontrou as pessoas prontas.

Se S. Tomé se emendou, foi porque queria viver em harmonia com os seus companheiros. Assim que voltou para o seu grupo, mostrou-se à altura da situação. Quando o Senhor apareceu pela segunda vez, S. Tomé pronunciou a máxima expressão de fé que se encontra no Evangelho: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28). Ele não sabia que, depois de ter vivido a experiência mais excelsa, a conclusão daquela viagem representava apenas o início de uma nova peregrinação, que o levaria até à Índia.

Ali, os seus discípulos, tanto ontem como hoje, definiram aquilo que o Apóstolo lhes ensinou, como "o Caminho de Tomé". Ele nunca foi entendido como senda substitutiva daquele que é o Caminho para o Pai, nosso Senhor e nosso Deus, mas como um caminho que para Ele conduz.

S. Francisco Xavier uniu o "Caminho de Tomé" ao "Caminho de Pedro"

4. Os frutos das sementes lançadas pelo Apóstolo foram recolhidos pelo Missionário, quando Deus quis. Desde a sua chegada a Goa, no dia 6 de Maio de 1542, o próprio Francisco Xavier manifestou a sua devoção a S. Tomé. Durante a sua permanência na Índia, que durou dois anos (1542-1544), não apenas visitou o santuário de S. Tomé em Mylapore, perto de Madrasta, mas também partiu em busca dos cristãos de S. Tomé em Coxim e Travancore. Além disso, falou com particular ênfase da sua estadia na ilha de Sukotra, embora alguns dos seus comentários possam surpreender-nos.

"Os nativos" [red]- escrevia ele - proclamam-se cristãos e sentem-se orgulhosos disto (...) Eles possuem igrejas, cruzes e santuários iluminados (...) Estas pessoas veneram de modo especial o Apóstolo S. Tomé e acreditam que remontam aos cristãos que ele converteu nessas regiões.[/red] Durante a oração, os sacerdotes repetem com frequência: "Aleluia! Aleluia!" e pronunciam esta palavra precisamente como nós (...) Durante a minha permanência na ilha, baptizei muitas crianças, para grande alegria dos seus pais. Com profunda benevolência e uma pressão bem intencionada, queriam obrigar-me a aceitar os presentes que a sua pobreza lhes permitia oferecer (...) Depois, pediram-me com insistência que permacesse com eles e prometeram-me que todos, jovens e idosos, teriam sido baptizados, se eu não os abandonasse" (Epistolae S. Francisci Xaverii).

A presença, as pregações e as orações de S. Francisco Xavier deixaram uma marca duradoura nos fiéis da Índia. Confirmando o "Caminho de Tomé", ele uniu-o amorosamente ao "Caminho de Pedro", de maneira que a fé em Cristo, semeada e desenvolvida com vigor ao longo dos séculos, pudesse gozar da certeza da unidade e da verdade dada pelo "múnus"testemunho de Pedro e dos seus Sucessores.
- autêntica entre o Oriente e o Ocidente

5. O maior dom que o Apóstolo S. Tomé ofereceu à florescente comunidade cristã da Índia foi o vínculo autêntico e directo com as próprias origens da fé cristã, com os Apóstolos e o seu ofício, e com Jerusalém. A maior dádiva que, em seguida, S. Francisco Xavier transmitiu a este mesmo povo, foi a sua união à própria garantia da infalibilidade cristã, a Roma. Encontrando-se na vida e na herança dos cristãos na Índia, Tomé e Francisco Xavier tornaram-se como que gémeos em espírito, inseparáveis na sua mensagem da única fé, da única Igreja, do único Senhor e Salvador Jesus Cristo.

A separação entre Oriente e Ocidente, tão concreta quanto dolorosa, pode ser superada. Como no-lo demonstra claramente o testemunho destes dois grandes pilares da nossa fé, é possível esperar na comunhão verdadeira e autêntica entre Oriente e Ocidente, se reconhecermos que, embora as pessoas nasçam no Oriente ou no Ocidente, um coração cheio da graça de Cristo pode abraçar ambos. Os orientais e os ocidentais não estão apenas próximos uns dos outros nem, muito menos, devem ser inimigos. Pelo contrário, através da graça de Deus, cada um de nós pode trazer no coração tanto o Oriente como o Ocidente. Por conseguinte, falar contra um ou outro significa falar contra si mesmo. É o que sugere o nome de S. Tomé, o Gémeo. deve imprimir em todos nós aquilo que pode tornar-se possível através da fé não apenas na Igreja, mas no mundo em geral. O nosso coração diz-nos que o Oriente e o Ocidente podem encontrar-se na harmonia e na paz.

E preciso entender a verdadeira missão e levar o homem a se desprender de questões religiosa acerca dos rito latino ou de rito oriental. Agora compete-nos a nós mostrar com as palavras e os factos que não recebemos esta graça em vão.E sermos semelhantes ou seja gémeo a jesus que não usou da força para romper com as barreiras impostas pelos DOGMAS religiosos de sua época .
JESUS encontrou uma nação completamente dividida entre conceitos e crenças a evolução da historia mostra como impérios foram se formando .Atraves da colonização de nações subjugadas os povos carregavam os costumes adquiridos quando se misturava digo isto no termo GENÉTICO da palavra.O costume do império Babilônico sofreu influencia de povos Amoritas e do imperio de SARGÂO QUE POR SUA VEZ Ur-Zababa al-Umam al-Muttahida, é a forma árabe de dizer Nações Unidas Ur-Zababa ou Ur-Sababa Suméria (ou Shumeria, ou Shinar; na bíblia, Sinar; egípcio Sangar; ki-en-gir na língua nativa), geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade,Acádia (ou Ágade, Agade, Agadê, Acade ou ainda Akkad)A cidade/região alcançou seu cume de poder entre os séculos XXVI a.C. e XXII a.C., antes da ascensão da Babilônia, além de representar o núcleo do reino bíblico de Nimrod na terra de Sinar foram um povo que habitava a região da Palestina. A origem deles vem do incesto da filha mais nova E A DA MAIS VELHA com o seu pai,LÓ BEM RETROCEDEMOS BASTANTE ATE A ORIGEM DO IMPERIO BABILONICO QUE VEIO COM O FIM DA ERA sargâoO império criado por Sargão desmoronou após um século de existência, em conseqüência de revoltas internas e dos ataques dos guti, nômades originários dos montes Zagros, no Alto do Tigre, que investiam contra as regiões urbanizadas, uma vez que a sedentarização das populações do Oriente Médio lhes dificultava a caça e o pastoreio. Por volta de 2150 a.C., os guti conquistaram a civilização sumério-acadiana. Depois disso, a história da Mesopotâmia parecia se repetir. A unidade política dos sumério-acadianos era destruída pelos guti, que, por sua vez, eram vencidos por revoltas internas dos sumério-acadianos.
O domínio intermitente dos guti durou um século, sendo substituído no século seguinte (cerca de 2100 a.C.–1950 a.C.) por uma dinastia proveniente da cidade-estado de Ur. Expulsos os guti, Ur-Nammu reunificou a região sobre o controle dos sumérios. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumeriano. Os reis de Ur não somente restabeleceram a soberania suméria, mas também conquistaram a Acádia. Nesse período, chamado de renascença sumeriana, a civilização suméria atingiu seu apogeu. Contudo, esse foi o último ato de manifestação do poder político da Suméria: atormentados pelos ataques de tribos elamitas e amoritas, o império ruiu. Nesta época, os sumérios desapareceram da história, mas a influência de sua cultura nas civilizações subseqüentes da Mesopotâmia teve longo alcance.Na literatura babilônica que surgiria posteriormente, o nome Acádia, bem como Suméria, aparece como parte de títulos de nobreza, como o termo sumério lugal Kengi (ki) Uru (ki) ou o termo acádio šar māt Šumeri u Akkadi (ambos traduzidos como "rei da Suméria e da Acádia"), que terminaram significando simplesmente "rei da Babilônia".
Mencionada uma única vez no Antigo Testamento (cf. Gênesis 10:10 - O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.[4], também como Acade, dependendo da tradução), a Acádia é, em hebraico, é grafada como אכּד, ak-kad, a palavra em si provindo duma raiz infreqüente que provavelmente significa "fortificar" ou "reforçar", ou ainda "fortaleza"[5]. Em variantes do grego antigo, é grafada como αχάδ (achad), αρχάδ (archad), ou ainda, apesar de raro, αξάδ (axad); em grego moderno, como Ακκάδ, Akkad. No Antigo Testamento, é descrita como uma das cidades principais: Acádia, Babel, Erech (ou Ereque ou Uruk) e Calné (ou Calneh), constituindo o núcleo do reino de Nimrod (ou Nimrud, Nimrude, Ninrode, Nemrod, Nemrude, Nemrode), presente em textos como a lista de reis sumérios. A forma semítica assírio-babilônica posterior, Akkadu, ou Accadu ("de ou pertencente à Acádia"), é provavelmente uma forma derivada de Ágade.NÓS COMEÇAMOS NOSSA NARRATIVA COM O IMPÉRIO DE NABUCODONOZOR E TAMBÉM DE SEU FILHONabucodonosor II ou Nebucadrezar [em acadiano Nabu-cudurri-utsur], (c. 632 a.C.- 562 a.C.), é o filho e sucessor do Rei Nabopolasar, e governou durante 43 anos o Império Neo-babilónico, entre 604 a.C. a 562 a.C.. Não deve ser confundido com Nabucodonosor I. É o mais conhecido governante do Império Neo-babilónio. Casou-se em 612 a.C. com a filha de Ciáxares, rei da Média. Foi sucedido pelo seu filho Evil-Merodaque. Ficou famoso pela conquista do Reino de Judá e pela destruição de Jerusalém e seu Templo em 587 a.C., além de suas monumentais construções na cidade da Babilónia: entre elas, os Jardins Suspensos da Babilônia, que ficaram conhecidos como uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Nabucodonosor II expandiu seu império, conquistanto boa parte da Cilícia, Síria, Fenícia e Judeia. Tomou Jerusalém e levou em cativeiro um grande número de seus habitantes, episódio conhecido como a primeira Diáspora Judaica ou o "cativeiro babilónico". (vide II Reis cap. 25 e Daniel cap. 1). Derrotou o exército egípcio sob Faraó Neco II em Carquemish, 605 a.C., e em Hamat, anexando o território da Síria. Cercou Tiro durante 13 anos, de 585 a.C. a 572 a.C.BEM VIAJAMOS NA HISTORIA ATE O O FIM DO IMPÉRIO ASSÍRIO QUE SE DEU COM O INICIO DO IMPÉRIO MEDO-PERSA Os medos, que estavam divididos em tribos, foram unificados por Déjoces em torno do século VIII a.C.. Dos sucessores de Déjoces, vale destacar Ciáxares, que aliado a Nabopalasar da Babilônia, derrotou os assírios. Seu filho Astíages herdou um grande império, porém acabou sendo derrotado por Ciro o Grande, que formou um império ainda maior, pois derrotou medos, lídios e babilônicos. Ciro tratou com liberdade os povos vencidos, respeitando suas crenças e governando com justiça. Aos judeus que viviam no Cativeiro de Babilônia foi permitido que voltassem a Canaã para a reconstrução do Templo de Jerusalém. Ciro estabeleceu sua capital em Pasárgada, onde construiu belíssimos palácios. O filho de Ciro, Cambises II (rei entre 530 e 522 a.C.), conquistou o Egito. Despótico, cruel e desequilibrado, acabou cometendo suicídio. A morte de Cambises levou vários pretendentes a lutarem pelo trono, que acabou sendo conquistado por Dario. Com Dario I, o Império Persa atingiu o apogeu. Construiu estradas; criou um bem dotado sistema de correio; uniformizou o sistema de pesos e medidas; criou uma moeda-padrão: o dárico; dividiu o Império em satrapias e nomeou pessoas de confiança para governá-las. Após Dario I, o Império entrou numa longa decadência, até ser conquistado por Alexandre, o Grande.República Romana (do latim res publica, "coisa pública") é a expressão utilizada por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. (quando o último rei foi deposto) ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C..ALGO SEMELHANTE NOS CHAMOU A ATENÇÃO O FIM DESTE DOIS IMPÉRIOS MEU ponto de vista , como já se disse, A HISTORIA NOS MOSTRA QUE Cláudio introduziu algumas reformas e procurou a prosperidade do império, talvez porque à data da sua ascensão ao trono era já um homem maduro. Cláudio foi ainda o responsável pela iniciativa da invasão romana das ilhas britânicas em 43, que se saldou pela adição de mais uma província ao império. Em 64, durante o reinado de Nero, Roma foi consumida por um violento incêndio (do qual o próprio imperador é muitas vezes erroneamente considerado culpado) e começaram as perseguições aos cristãos.SIMPLESMENTE POR ESTE NÃO SE AJOELHAREM DIANTE DO IMPERADOR NEM LHE PRESTAR CULTO Os Julio-Claudianos foram eficazes em espalhar o culto imperial. Alguns deles, como Cláudio, foram deificados durante a sua vida e elevaram à dignidade divina muitos dos seus familiares (alguns subsequentemente assassinados)ESTES SIM FORAM QUEIMA DE ARQUIVO. Dinastia Flaviana, Ano dos quatro imperadores: Vespasiano, Tito, Domiciano.
Depois do suicídio de Nero, Sérvio Sulpício Galba, um velho senador pertencente aos Sulpicii, uma velha família aristocrática, torna-se imperador por nomeação senatorial. O seu reinado não começou bem. Durante a viagem da Hispânia para Roma, Galba não hesitou em espalhar o caos e a destruição pelas cidades que não lhe prestaram honras imperiais de imediato. Em Roma, substituiu grande parte das chefias militares e depressa se revelou tão paranóico como os seus antecessores. A sua recusa em conceder os prémios monetários às legiões e guarda pretoriana que o apoiaram serviu de impulsionador à organização de um golpe de estado e, em Janeiro de 69, Galba foi assassinado pelos pretorianos no Fórum, juntamente com o seu sucessor designado. Em Roma, saudou-se Marco Sálvio Otão como novo imperador, mas no Reno as legiões aclamaram Aulo Vitélio que de imediato iniciou a marcha para Roma. Em Abril, Vitélio derrota Otão e torna-se o único imperador, embora pouco tempo depois o exército estacionado na Judeia aclamasse o seu comandante Vespasiano como imperador. Durante a segunda metade do ano, todas as províncias foram-se declarando por Vespasiano e Vitélio perdeu terreno. Finalmente, a 20 de Dezembro, as tropas de Vespasiano entraram em Roma e assassinaram Vitélio. Vespasiano tornou-se então o único imperador e deu início à dinastia Flaviana.


Uma das mais notáveis obras de engenharia clássica, o Coliseu de Roma, mandado erigir por Vespasiano, serviu para inúmeros espectáculos, incluindo dramatizações de batalhas navais.
Vespasiano mostrou ser um imperador responsável e razoável em comparação aos excessos perpetrados pelos Julio-Claudianos. Apesar de ser um autocrata que pouca ou nenhuma importância política dava ao senado, Vespasiano procurou reorganizar o exército, as finanças do estado e a sociedade romana. Aumentou os impostos, mas erigiu grandes obras, como o Coliseu de Roma conhecido na altura como Anfiteatro Flaviano. Como antigo governador e general, Vespasiano sabia qual o melhor para as províncias e como manter o exército satisfeito, tudo condições indispensáveis para a estabilidade de um reinado. O seu filho, Tito Flávio, sucedeu-lhe em 79. Prometia ser um imperador à altura do seu pai, mas o seu breve reinado foi marcado por catástrofes. A 24 de Agosto do mesmo ano, o vulcão Vesúvio destruiu as cidades de Pompeia e Herculano e, em 80, Roma foi de novo consumida por um incêndio. Em 81, Tito é sucedido pelo irmão Domiciano, que haveria de se mostrar pouco à altura das capacidades dos seus familiares. Assim, tal como na dinastia Julio-Claudiana, o que começou por ser um período de prosperidade, depressa caiu em instabilidade política. Domiciano revelou-se tão paranóico como Calígula ou Nero e as atrocidades do seu reinado valeram-lhe o epíteto de pior imperador de todos os tempos.
Quando em 96 Domiciano é assassinado, Roma encontra-se bastante céptica quanto à validade do modelo dinástico e a sucessão imperial evoluiu para o conceito do mais apto. Esta mudança deu origem ao período dos cinco bons imperadoresDepois do assassinato de Domiciano, o senado nomeou Nerva como imperador romano. Apesar de ser já de meia idade e de não ter descendentes, Nerva era um homem considerado capaz, quer do ponto de vista militar quer do ponto de vista administrativo, mas sobretudo racional e confiável. A falta de filhos revelou ser uma vantagem, pois a sua sucessão foi determinada pelo valor do candidato e não por critérios familiares — embora já Trajano tenha sido formalmente adoptado por Nerva. Trajano, Adriano e Antonino Pio seguiram a mesma política de nomear o sucessor mais apto, o que resultou num período de estabilidade conhecido como os cinco bons imperadores. Durante o reinado destes cinco homens, Roma prosperou e atingiu o seu pico civilizacional, ao ponto de alguns analistas defenderem que o nível civilizacional alcançado durante este período só foi novamente alcançado na Inglaterra do século XVIII. Trajano foi o responsável pela extensão máxima do Império em 117, ao estender a fronteira oriental até incluir a Mesopotâmia na alçada de Roma. O seu sucessor, Adriano, soube manter a enorme área do império e reconhecer que não valia a pena estendê-lo mais. Deu as conquistas por terminadas e construiu a muralha de Adriano no Norte de Inglaterra como símbolo do fim do Império. Este período de manutenção, por oposição à conquista, ficou conhecido como a Pax Romana.
O ciclo de prosperidade terminou quando Marco Aurélio designou, para sucessor, não o homem mais apto, mas o seu filho Cómodo, que se sabia pouco à altura do seu pai e seus antecessores. Como na dinastia Julio-Claudiana (Nero) e Flaviana (Domiciano), um período de prosperidade foi seguido por uma governação errática por um homem paranóico, neste caso Cómodo, que incentivaria a revolta dos seus súbditos. Cómodo foi assassinado em 192, mas o Império caiu numa grave crise dinástica e social.


O mapa de Ptolomeu, reconstituído da sua obra Geographia (ca. 150 d.C.), indicando as nações "Serica" e "Sinae" (China) à direita, além da ilha Taprobana (Sri Lanka) e a "Aurea Chersonesus" (península do Sueste Asiático).
[editar]A crise do século terceiro (193 - 285)

Ver artigo principal: crise do século terceiro
O fim do século II foi marcado por mais uma guerra civil de sucessão. Septímio Severo acabou por assegurar a coroa imperial e levar o Império para um breve período de estabilidade. Os seus sucessores, no entanto, não tiveram a mesma sorte. Entre a morte de Severo em 211 e o início da tetrarquia em 285, o Império teve 28 imperadores, dos quais apenas 2 faleceram por causas naturais (de peste). Contemporaneamente, estão registados 38 usurpadores romanos, dos quais muitos se tornaram imperadores de pleno direito. Para além da crise política endémica, o século III foi marcado pelo início das invasões dos povos bárbaros que habitavam as zonas fronteiriças do Império.
[Fim da Era Dourada (193 - 197)
O reinado de Cómodo foi marcado por vários excessos, tendo sido terminado pelo seu assassinato a 31 de Dezembro de 192; foi sucedido pelo seu prefeito do pretório, Pertinax, um homem de origem humilde e que, ao fim de escassos três meses como imperador, acabou por sua vez por morrer às mãos dos pretorianos. Seguiu-se uma situação caricata, em que a Guarda Pretoriana pôs o Império em leilão, tendo este sido ganho por Dídio Juliano, ao oferecer um donativum maior (193).
A situação não durou muito, pelo que nas províncias vários generais se declararam eles próprios imperadores (Clódio Albino na Gália, Pescénio Niger na Síria e Septímio Severo na Panónia), tendo sido Severo quem ganhou após alguns anos de guerra civil (197)Os Severos (193 - 235)


Septímio Severo (146-211).
Tendo-se tornado imperador, Septímio Severo tornou o Império efectivamente numa monarquia militar, em mais um passo na direcção do Dominato; teve dois filhos, Caracala e Geta que, após a sua morte (211), degladiaram-se entre si, tendo Caracala assassinado Geta (Dezembro de 211).
Caracala tornou-se desconfiado, tendo favorecido os soldados; foi morto por um membro da sua guarda, presumivelmente a mando do seu prefeito do pretório, Macrino, o qual se declarou imperador (217). Uma irmã da mulher de Septímio Severo, Júlia Maesa, conseguiu subornar uma legião e fazer com que declarassem o seu neto Heliogábalo, na verdade primo de Caracala, como seu filho e verdadeiro sucessor, tendo a revolta sido bem sucedida e Macrino morto (218).
O reinado de Heliogábalo foi marcado por excessos que levaram a que a sua avó mudasse o seu apoio para um primo, Alexandre Severo e que Heliogábalo e sua mãe fossem mortos (Março de 222).
Sob Alexandre Severo o império prosperou mas começaram os primeiros problemas: invasão dos persas sassânidas (233), invasões de povos germânicos e o imperador, que preferia negociar a paz em troca de tributo do que travar a guerra, foi morto na Mogúncia (Março(?) de 235), junto com a sua mãe, por tropas revoltadas ao verem tanto ouro ser dado aos bárbaros.

[Anarquia militar: os imperadores-soldados (235 - 285)


Evolução territorial do Império Romano

Durante os próximos 50 anos, o Império iria sofrer usurpações, derrotas e fragmentação; imperadores seriam assassinados, mortos em batalha ou pelos seus rivais, num desespero para encontrar uma solução e por fim, surgiria o Dominato, a monarquia absoluta, a qual removeria os poucos traços republicanos que Roma ainda conservava, por forma a dar ao império um último fôlego.
Após a morte de Alexandre Severo, o império caía uma vez mais nas mãos dos generais. Maximino, o Trácio é proclamado imperador pelas tropas e durante três anos prossegue com a guerra, devastando os povos germânicos; como este esforço militar exigia muito dinheiro, começaram a aumentar os abusos por parte dos funcionários imperiais em relação aos impostos. Em África esses abusos foram notórios e provocaram uma revolta (238). Proclamaram imperador o senador Gordiano, o qual associou o seu filho, Gordiano II, tendo o senado de Roma reconhecido a nomeação; Gordiano II foi morto numa batalha, e Gordiano I suicidou-se ao saber da notícia. Maximino Trácio, ao tentar dirigir-se a Roma para suprimir a revolta, deparou-se com resistência inesperada por parte da cidade de Aquileia, e os seus soldados, furiosos, mataram-no. O neto de Gordiano, Gordiano III, foi proclamado imperador e aceite por todos.
Entretanto a situação do império complicava-se. No Oriente, começa uma guerra contra os sassânidas; Gordiano III enfrenta-a, mas morre em batalha ou é morto durante a retirada (244). O seu prefeito do pretório, Filipe, proclama-se imperador.
[editar]Usurpadores e derrotas (244 - 253)
Filipe celebra o milénio de Roma (247) com pompa e fausto. Mas a situação volta a piorar. Generais nas províncias revoltam-se e proclamam-se imperadores. Ao tentar lidar com um deles, Décio, o comandante que Filipe despachara para lidar com a revolta, é por sua vez proclamado imperador; defronta Filipe em batalha e este é morto pelas tropas (249).
O novo imperador adoptou uma política dura e conservadora como forma de lidar com os problemas do Império; assim, perseguiu os cristãos e travou guerra contra os godos, na qual acabaria por ser derrotado e morto (251). Outros usurpadores ocuparam brevemente o trono durante este tempo. Em 253, Valeriano I ascenderia por sua vez ao trono e, com ele, o Império iria descer ao seu ponto mais baixo.
[editar]Valeriano e Galiano: Fragmentação e Derrota, Soluções para o Futuro (253 - 268)


Moeda cunhada por Valeriano I.

Valeriano I associa ao trono o seu filho Galiano, atribuindo-lhe a parte ocidental do império e reservando para ele a parte oriental. Durante este tempo, o império estava a ser invadido por vários povos, nomeadamente godos e alamanos, e ao mesmo tempo surgiam usurpadores. Em 258, Póstumo declara-se imperador na Gália, dando origem assim ao Império das Gálias, ao qual Galiano, demasiado fraco, não pode opôr-se com eficácia. No Oriente, os persas avançaram, com alguma resistência de Valeriano no início, mas com o Exército Romano dizimado pela peste, tenta negociar a paz com rei sassânida Shapur I, apenas para se ver aprisionado, humilhado e mais tarde morto (260).
O seu filho Galiano tenta manter a notícia da captura e morte do seu pai um segredo, mas apenas o consegue durante um ano; por esta altura, desencadeia-se uma sequência de usurpações, em parte como resposta local às situações de necessidade perante as invasões, em parte como tentativa de dar solução aos problemas. Galiano, demasiado ocupado a derrotar usurpadores e invasores diversos, deixa que, no Ocidente, o Império das Gálias se desenvolva, e no Oriente, que o reino de Palmira se apodere de território romano, mas que Roma já não está em condições de defender.
Aos poucos, a situação vai melhorando: Galiano consegue ir derrotando ou ver assassinados sucessivamente os seus rivais, reforma o exército e consegue uma grande vitória contra os bárbaros (268) antes de ser assassinado; no Oriente, o reino de Palmira, inicialmente sob o comando de Odenato, e mais tarde, da sua viúva, Zenóbia, consegue deter os persas, mas apoderando-se cada vez mais de território romano. Caberá aos sucessores de Galiano recuperarem e reunificarem o Império pela primeira vez em 15 anos.
[Recuperação e estabilização (268 - 285)
A recuperação do Império veio por fases: Cláudio II, o sucessor de Galiano, começa por infligir uma grande derrota aos godos (270) mas, atingido pela peste, morre antes de poder restaurar o Império. Aureliano, o seu sucessor, será mais bem sucedido. Em 4 anos, reincorpora no Império as Gálias e derrota Zenóbia, recuperando assim o Oriente. Sinal dos tempos, dota Roma da sua primeira muralha desde as invasões Gaulesas que haviam ocorrido já fazia mais de 650 anos. Administrador duro e competente, estaria prestes a iniciar uma guerra contra os Persas, quando é assassinado (275); com ele, pela primeira vez, os imperadores romanos são adorados como deuses em vida.
Após alguns anos, em que o Império mergulha uma vez mais na anarquia e na invasão, surge um novo e eficaz imperador, Probo (276-282), que consegue estabilizar a situação. Após o seu assassínio e os breves reinados de Caro e dos seus filhos, eis que surge o homem que irá enfim pôr ordem no império, Diocleciano (285).
[TEODÓSIO I]
: Tetrarquia


Os tetrarcas, uma escultura porfíria, saqueada de um palácio Bizantino em 1204, tesouro de São Marcos, Veneza.
A Tetrarquia foi um sistema de governo criado pelo imperador romano Diocleciano, como forma de resolver sérios problemas militares e econômicos do império romano.
Diocleciano dividiu o seu poder sobre o império entre os sectores orientais (pars Orientis) e ocidentais (pars Occidentis). Manteve o controle pessoal do sector leste e o seu colega Maximiano controlou o ocidente. Diocleciano não dividiu propriamente o poder com seu companheiro de armas Maximiliano, pois, na realidade, Diocleciano estava colocado em posição superior à de Maximiliano. A partir daí, o Império passou a ter dois Augustos, cada qual com exército, administração e capital próprios, embora Diocleciano continuasse a ser o chefe do Estado, representando a unidade do mundo romano.
Em 305, Diocleciano retirou-se à vida privada e induziu Maximiano a fazer o mesmo.[8]

["O Império cristão"]



As divisões administrativas do Império Romano em 395, sob Teodósio I.
O Império Romano passou a tolerar o cristianismo a partir de 313 d.C., com o Édito de Milão,[9] assinado durante o império de Constantino I (do Ocidente) e Licínio (do Oriente), no mesmo dia em que ocorreu o casamento de Licínio com Constantia, irmã do imperador da porção oriental do Império. Com este édito, o Cristianismo deixou de ser proibido e passou a ser uma das religiões oficiais do Império.
O Cristianismo tornou-se a única religião oficial do Império sob Teodósio I (379-395 d.C.) e todos os outros cultos foram proibidos.[10] Inicialmente, o imperador detinha o controle da Igreja. A decisão não foi aceita uniformemente por todo o Império; o paganismo ainda tinha um número muito significativo de adeptos. Uma das medidas de Teodósio I para que sua decisão fosse ratificada foi tratar com rigidez aqueles que se opuseram a ela. O massacre de Tessalônica devido a uma rebelião pagã deixa clara esta posição do imperador. Um dos conflitos entre a nova religião do Império e a tradição pagã consistiu na condenação da homossexualidade, uma prática comum na Grécia antes e durante o domínio romano.

[A divisão do Império]

[Constantinopla]

O centro administrativo do império tendia a voltar-se mais para o Oriente, por múltiplas razões. Primeiro pela necessidade de defesa das fronteiras orientais; depois porque o oriente havia se tornado a parte econômica mais vital do domínio romano; por fim Roma era uma cidade rica de vestígios pagãos, o que agora era inconveniente num império cristão: seus edifícios, sua nobreza senatorial, apegada à religião tradicional. Assim Constantino decretou a construção de uma nova capital, nas margens do Bósforo, onde havia a antiga fortaleza grega de Bizâncio, num ponto de grande importância estratégica, nas proximidades de dois importantes setores da limes: a região do baixo Danúbio e a fronteira do Império Sassânida. A nova cidade, que recebeu o nome de Constantinopla, isto é, "cidade de Constantino", foi concebida como uma "nova Roma" e rapidamente tornou-se o centro político e econômico do Império. Sua criação teve repercussões também no plano eclesiástico: enquanto em Roma a Igreja Católica adquiriu mais autoridade, em Constantinopla o poder civil controlou a Igreja. O bispo de Roma pôde assim consolidar a influência que já possuía, enquanto em Constantinopla o bispo baseava seu poder no fato de ser bispo da capital e no fato de ser um homem de confiança do Imperador.[11]
[Teodósio e o fim do império único ]
Teodósio foi o último imperador a reinar sobre todo o império.[12] Após sua morte em 395, seus dois filhos Arcádio e Honório herdaram as duas metades: Arcádio tornou-se governante no Oriente, com a capital em Constantinopla, e Honório tornou governante no Ocidente, com a capital em Mediolanum (atual Milão), e mais tarde em Ravenna. O estado romano continuaria com dois diferentes imperadores no poder até o século V, embora os imperadores orientais se consideravam governantes do todo. O latim era usado nos documentos oficiais tanto, se não mais, que o grego. As duas metades eram nominalmente, cultural e historicamente, se não politicamente, o mesmo estado.
[O fim do Império Ocidental

Ver artigo principal: Queda do Império Romano
O Império Romano do Ocidente sofreu invasão dos povos bárbaros (qualquer povo cuja língua não fosse o latim) e, já enfraquecido internamente, caiu em 476 com a deposição do imperador Rômulo Augústulo. Outros reis estabeleceram-se em Roma, embora não mais usassem o título de "Imperador Romano". O Império Oriental, com capital em Constantinopla, continuou a existir por quase mil anos, até 1453.
[BEM CHEGAMOS ONDE COMEÇA O DRAMA ]Teodósio I, o Grande, ou Flávio Teodósio (em latim Flavius Theodosius, foi imperador bizantino. Nasceu em Espanha por volta de 346 e faleceu em Milão em 17 de Janeiro de 395. Foi o filho do conde Teodósio. Teodósio foi o último líder de um Império Romano unido - após a divisão entre os seus herdeiros, o império nunca mais seria governado por apenas um homem.
O imperador Graciano nomeou Teodósio co-imperador do Império Romano do Oriente em 378, após a morte do imperador Valente, morto pelos godos na Batalha de Adrianópolis (378). Teodósio, após algumas campanhas inconclusivas, acabou por fazer um tratado pelo qual os godos preservavam sua independência política no interior do Império Romano em troca da obrigação de fornecerem tropas ao exército imperial. Este tratado seria uma das causas do enfraquecimento militar romano que levaria ao saque de Roma pelos mesmos godos em 410. Após as mortes do filho de Graciano, Valentiniano II em 392, a quem ele tinha apoiado contra várias usurpações, Teodósio acabou por tomar o Ocidente do império e governou como imperador único, após derrotar o usurpador Eugénio em 6 de Setembro de 394, na Batalha do Rio Frigidus.
Teve dois filhos, Arcádio e Honório, e uma filha, Pulcheria, da sua primeira mulher Aelia Flacilla. Arcádio foi o seu herdeiro no Oriente e Honório no Ocidente. Pulcheria e Aelia Flacilla morreram em 385. De sua segunda mulher, Galla, filha do imperador Valentiniano I, ele teve uma filha, Galla Placidia, a mãe de Valentiniano III.
Teodósio foi educado numa família cristã. Ele foi batizado em 380 d.C., durante uma doença severa, como era comum nos tempos dos primeiros cristãos. Em fevereiro desse mesmo ano, ele e Graciano fizeram publicar um édito deliberando que todos os seus súditos deveriam seguir a fé dos Bispos de Roma e de Alexandria (Código de Teodósio, XVI,I,2). A lei reconhecia quer a primazia daquelas duas instâncias quer a problemática teológica de muitos dos patriarcas de Constantinopla, que porque estavam sob a observação dos imperadores eram por vezes depostos e substituídos por sucessores teologicamente mais maleáveis. O Bispo de Constantinopla em 380 era um ariano.
Historicamente, durante o período de Teodósio alguns eventos humilhantes evidenciaram a ascensão cada vez maior da Igreja Católica. Após vencer a guerra contra Máximo e ordenar o Massacre de Tessalônica, Teodósio pretendia, como era costume se sentar ao presbítero da igreja de Milão, mas foi proibido pelo bispo Ambrósio de entrar sem que antes fizesse uma confissão pública.
Ambrósio excluiu o imperador da comunhão e durante 8 meses a tensão se manteve, até que Teodósio, durante o Natal, vestido com um saco de penitência, foi perdoado. Teodósio afirmaria mais tarde: sem dúvida, Ambrósio me fez compreender pela primeira vez o que deve ser um Bispo. Desde então o poder eclesiástico de julgar os poderes públicos, não só em questões dogmáticas mas também por seus erros públicos, prevaleceu até os tempos modernos.
Em 388, a população cristã botou fogo na sinagoga de Calínico, pequena cidade na Mesopotâmia. As autoridades civis informaram Teodósio, que instruiu o bispo a reconstruir a sinagoga com os próprios recursos e a punir os incendiários. São Ambrósio, bispo de Milão, ouvindo disso, fez representação a Teodósio ao longo das linhas de que queimar sinagogas era agradar a Deus, e de que o príncipe cristão não teria direito de intervir. A história é complexa e, para a abreviar, basta dizer que Teodósio estava sendo forçado a submeter-se a Ambrósio e revogar as suas instruções para a restituição da sinagoga.
Esse episódio é significante, porque exemplifica a mudança do império pluralista para o estado cristão. Teodósio começou a sua resposta à queima da sinagoga em Calínico se comportando como um imperador pagão o teria feito, ansioso de manter lei e ordem, respeitando os direitos aceitos dos judeus. Ambrósio desafiou o auto-entendimento da sua qualidade de imperador, encarregando-o a comportar-se como imperador cristão, que não deveria mostrar boa vontade aos judeus, ou até eqüidade simples. Isso era, segundo Ambrósio, inconsistente com a Cristandade. O dever do imperador cristão, segundo Ambrósio, era garantir o triunfo da verdade (na sua visão, o cristianismo) sobre o erro (na sua visão, o judaísmo). Teodósio capitulou, e a Igreja tinha a última palavra. A separação entre o Cristianismo e o Judaísmo, efetivada teologicamente em 325 no Primeiro Concílio de Nicéia, era agora lei sob os imperadores romanos, que tomaram os seus conselhos da Igreja. O incidente de Calínico é o símbolo da conquista do anti-semitismo eclesial. A Igreja podia agora manejar, e manejou, para influenciar a legislação imperial num modo danoso para os judeus.
Mas foi justamente em virtude do crescimento do poder do catolicismo que ocorreu a sobrevida ao Império Romano do Oriente, já que o do Ocidente passaria a ser dirigido a partir do ano de 476 por povos então chamados de bárbaros.
[editar]Cronologia

346 - Nasce em Cauca, atual Coca (Segóvia, Espanha) com o nome de Flávio Teodósio, filho de Thermantia e de Flávio Honório Teodósio, o velho, lugar-tenente hispano e um dos generais mais prestigiosos de Valentiniano I, por isso foi descrito como dux efficacisimus (chefe, ou general, altamente eficaz).
368-369 - Teodósio, o jovem, luta junto com seu pai contra os pictos (assim chamados os povos da Escócia que pintavam seus corpos para a guerra), na Britânia, detrás da famosa muralha de Adriano que separava a Inglaterra da Escócia com 117 quilômetros de comprimento.
370-371 - Teodósio luta contra os alamanos nos chamados agri decumani (Floresta Negra) entre a França e a Alemanha.
372-372 - Idem contra os Sármatas, povo do sul da Rússia, que entravam na Bulgária atual, nos Bálcãs.
373 - Primeira pugna entre santo Ambrósio, bispo de Milão, com o poder temporal. Morte de Santo Efrém de Nisíbia (ou Nisibis).
374 - Com a idade de 27 anos, como dux (comandante militar) na diocesis (nome dado às províncias por Diocleciano) de Mésia no Danúbio derrotou de novo os Sármatas. Além da experiência militar, tanto pai como filho, ambos de origem aristocrática (daí o nome de Flávius) eram experientes com os cavalos hispanos, famosos por suas atitudes para a guerra e sobretudo para as carreiras que tanto apaixonavam os contemporâneos. Aurélio Símaco, um dos senadores romanos mais notáveis na época, importou cavalos de suas propriedades hispanas para as carreiras com que devia comemorar a prefeitura de seu filho em Roma. Desses cavalos, combinados com os cavalos do norte da África, resultou a raça chamada "árabe", tão estimada como puro sangue nas corridas modernas. Seu pai era na época magister equitum (mestre da cavalaria) nomeado pelo imperador Valentiniano I. Na mesma data das vitórias do filho na Mésia, o pai foi enviado com plenos poderes ao norte da África para reprimir a revolta de Firmo.
375 - Ao morrer Valentiniano I de doença quando tratava em Sirmium (atual Sremka Mitrovica, na Sérvia, ao oeste de Belgrado) em repelir os Quados (povos de origem suábia do centro da Alemanha, atualmente Augsburg), sucede-lhe Graciano, o filho, então com 16 anos, que reconhece Valentiniano II, seu meio-irmão de 4 anos, como Augusto. Devido a maquinações da corte de Graciano (367-383), a sorte dos dois Teodósios mudou. O pai foi preso e executado em Cartago. Embora cristão, só se batizou na hora da morte. O filho, Teodósio de que falamos, se retirou à Espanha durante três anos. É possível que o local onde se retirou fosse de um tio de nome Materno Cinegio. Aí casa com sua compatriota Aelia Flaccilia da que teve logo o primeiro filho, Arcádio, logo Honório e uma filha Pulqueria.
378 - devido à derrota na Batalha de Adrianópolis, Graciano chama Teodósio, que derrota os Sármatas.
379 - Graciano nomeia Teodósio I, "imperador do Oriente". Ao provar Teodósio sua habilidade como militar, derrotando os visigodos, causadores do desastre de Adrianópolis, Graciano o proclamou co-imperador, dando-lhe o domínio do Oriente junto com as províncias de Dácia e Macedônia.
380 - Teodósio, "Augusto do Oriente", após a paz com os godos, entra triunfante em Constantinopla, que será sua capital e lugar de residência habitual até 388, quando se dirige a Milão. Aparece a crônica de São Jerônimo. Pelo Édito de Constantinopla, de Teodósio I, se confirma o Cristianismo como religião de Estado no Império. Teodósio batiza-se como cristão devido a uma grave doença, contraída em Tessalônica escolhida por ele como capital temporária, sendo assim o primeiro imperador romano que exerceu o poder estando batizado, apesar dos seus predecessores desde Constantino, à exceção de Juliano, se declarassem cristãos e tentassem se comportar como tais. Foi talvez por isso que foi o primeiro imperador que recusou o título de Pontifex Maximus, que podemos traduzir por "Supremo Guardião" dos velhos cultos romanos. Como reconhecesse que os bárbaros, especialmente os teutônicos e germânicos, podiam ajudar o exército, bastante minado pelas lutas internas, Teodósio os admitiu como soldados e oficiais, de modo que em suas dioceses (províncias) tanto romanos como teutônicos se encontravam entre seus generais. Em Constantinopla, constrói as muralhas e o fórum (Praça) o maior da época ao estilo de Trajano em Roma. Teodósio, consanguíneo com a família Aelia da qual procedia sua esposa, era hispano como Trajano e com o qual tinha grande semelhança: loiro, de mediana estatura e de agradável aspecto, quis imitar nisto seu predecessor. Junto com Graciano, editam um decreto que manda que todos os súditos deviam professar a fé dos bispos de Roma e Alexandria. Os templos dos arianos e heréticos não podiam ser chamados de igrejas.
381 - As forças bárbaras, especialmente os visigodos, invadiam as províncias do sul do rio Danúbio constantemente desde 375. Teodósio que não podia contar com as forças de Graciano, buscou a paz através de uma coexistência pacífica. Por isso, recebeu o rei dos visigodos Atanarico de maneira amigável. Neste mesmo ano busca a paz ente os diversos grupos cristãos. Ele se declara imperador "pela graça de Deus" e por isso convoca um Concílio Ecumênico, o segundo da Igreja, em Constantinopla, agora capital de seu império. Os arianos e seus partidários são condenados.
382 - Teodósio conclui um tratado(foedus) com os visigodos, que então recebem um território dentro dos limites do Império ao sul do Danúbio, a Mésia. Eles se comprometiam como confederados a ajudar o império com soldados, defendendo sua fronteira oriental e receberam como missionário cristão o bispo Ulfilas, que os converteu ao arianismo. Assim permaneceram na Mésia até 395, quando por ocasião da morte de Teodósio e sob o comando do rei Alarico I, invadiram a Grécia por quatro anos e, em 401 a Itália.
383 - Na primavera, Graciano é derrotado por Magno Máximo. Graciano escapa da derrota e é traído por seu general Andragácio que o mata em Lião. Máximo, de origem hispana e parente de Teodósio, foi proclamado imperador pelas tropas da diocese de Britânia (Inglaterra), então pertencente à prefeitura das Gálias que correspondia às dioceses de Hispânia, Britânia Vienna (Aquitânia) e Gália (região central e norte da França). Assim, Máximo se tornou dono da prefeitura da Gália. Morto Graciano, Máximo, defensor do catolicismo niceno porque a imperatriz Justina, mãe do pequeno Valentiniano II, meio-irmão de Graciano, era de religião ariana, é reconhecido como imperador por Teodósio e escolhe como capital Trier (Tréveris). Valentiniano II, filho de Graciano, jurado Augusto aos 4 anos, tinha nesta época 12 anos e se refugia com sua mãe em Milão, como imperador das prefeituras de Itália (dioceses da Itália Annonaria ou norte e Itália Suburbicária ou sul, e Panônia ou Ilírico). Valentiniano II reconhece Máximo como imperador. Este eleva seu filho Flavius Victor ao status de Augusto. Também Teodósio nomeia seu filho Arcádio como "Augusto" por motivo da quinquenália (cinco anos como imperador). Neste mesmo ano Flaccila é também exaltada à categoria de Augusta, título que lhe garantia a coroa ou diadema, o paludamentum ou manto púrpura e o broche imperial. Também recebeu o poder de cunhar moedas com sua imagem. As últimas augustas foram Helena, mãe, e Fausta, esposa de Constantino I. Talvez pelo destino de Fausta, condenada à morte por pressuposto adultério por Constantino, nenhuma mulher foi, até a ocasião de Flaccila, elevada a essa categoria. Flaccila, a "consciência de Teodósio", era fervorosa católica-nicena e antiariana.
384 - Sirício é o novo Papa (título que pela primeira vez recebe o bispo de Roma). Criador das DECRETALIA que serão instrumentos habituais da soberania dos Papas. Sua carta a Himério bispo de Tarragona (Espanha) é muito importante.
386 - Morte de Élia Flavia Flaccíla, chamada Flaccila, a esposa, também de origem hispana, mãe de seus dois filhos, Arcádio e Honório e de Pulquéria.
387 - Máximo invade a Itália, forçando Valentiniano II e família a fugir para Tessalônica.
388 - Novas núpcias com Gala, filha de Valentiniano I e de Justina. Justina era a ariana mais famosa de seu tempo. Teodósio abandona Constantinopla para enfrentar Máximo. Escolhe como general supremo a Estilicão, meio gaulês, meio romano, casado com sua sobrinha predileta, Serena, e se dirige ao Ilírico. Envia uma flotilha a Roma com Valentiniano II (então com 17 anos). O estratagema de Teófilo: Era este o patriarca de Alexandria, apelidado por suas riquezas e poder do "Faraó cristão". Habitava então o Alto Egito um monge, João de Licópolis que, por seu poder de predizer o futuro, era consultado com freqüência por Teodósio. Naquele tempo, os augúrios sobre o resultado de uma batalha eram compartilhados por todos os povos e eram usuais as consultas aos deuses pagãos ou ao Deus cristão. Teófilo serviu-se de um estratagema que não deu certo. Enviou a Roma um monge de sua confiança, Isidoro, com duas cartas: uma para Máximo, felicitando-o pela vitória e outra para Teodósio com o mesmo conteúdo. Evidentemente, quem fosse o vencedor, deveria apresentar uma ou outra, com a qual o poderoso patriarca teria previsto a vitória e seria dono de um Dom profético inestimável. Por sorte ou azar, quando Isidoro esperava em Roma, as cartas caíram nas mãos de um diácono que o acompanhava e a patranha foi descoberta. Na realidade ambos os exércitos se enfrentaram em Aquiléia, norte da Itália, às margens do Save. Máximo foi derrotado e morto mas Teodósio tratou seus seguidores com clemência. Teodósio então se dirigiu a Milão, permanecendo na Itália 3 anos. Pela primeira vez Ambrósio e Teodósio se encontram em Milão. Teodósio, como era costume no Oriente, intentou sentar-se no presbitério durante a Missa. Mas Ambrósio o expulsou sem cerimônia. Teodósio então proibiu que Ambrósio recebesse as informações do conselho imperial. Neste mesmo ano alguns monges incendiaram a sinagoga de Callinicum na Mesopotâmia e Teodósio obrigou o bispo da cidade a reconstruí-la. Ambrósio num sermão pronunciado na presença de Teodósio condenou a atitude deste e do conselheiro imperial Timásio, opondo Igreja à Sinagoga. À resposta de Teodósio dizendo que os monges cometiam muitos crimes, Ambrósio o ameaçou com a excomunhão e Teodósio cedeu. Sem dúvida que a razão legal estava com imperador, porque o judaísmo estava permitido pelas leis do Estado.
389 - Teodósio, junto com seu filho de 4 anos Honório, futuro imperador, visita pela primeira vez Roma. Nela estava o Senado romano, que aportava ao Império os quadros mais importante da administração. Embora o processo da conversão ao Cristianismo tinha avançado muito entre os aristocratas, a maioria dos senadores de Roma eram, ainda no final do século IV, hostis à política religiosa e cristã de Teodósio. Algumas famílias o tinham demonstrado acolhendo com entusiasmo a invasão de Máximo na Itália. Símaco, o orador mais famoso e o Porta-voz do Senado, tinha dirigido ao usurpador Máximo um discurso de boas vindas. Nesta ocasião foi Pacato quem saudava Teodósio como o homem que ao vencer o tirano devolveu a liberdade perdida a Roma, restaurando a ordem no Império. Teodósio tinha então a plena maturidade dos 40 anos, era casto, austero e frugal, respeitoso com as leis e os direitos humanos, odiava o derramamento de sangue e com um profundo sentimento de amizade, repartia ofícios entre seus amigos e era acessível aos seus súditos o que constituía uma atitude muito rara entre os monarcas do Baixo Império. O elogio agradou Teodósio de modo que pouco mais tarde nomeou Pacato para comes rei publicae ou prefeito da diocese da África. Em Roma, Teodósio conhece Dâmaso, o Papa, também de origem hispana e se tornam amigos.
390 - Condenada a homossexualidade pelo imperador.
391 - Por lei, proibiu às mulheres serem diaconisas antes dos 60 anos e às diaconisas nomear herdeiros à Igreja, aos pobres e ao Clero. Proibiu também aos monges morar nas cidades. Todas estas leis tinham a intenção de manter a independência ante o poder eclesiástico, assim como foi a nomeação de dois cônsules pagãos, Símaco(inimigo de Ambrósio) e Tatieno. Porém no mesmo ano proibiu os sacrifícios e a visita aos templos pagãos. Uma briga entre sua segunda esposa e seu filho mais velho Arcádio o levou de novo a Constantinopla.
392 - Arbogasto, o general protetor de Valentiniano II parece que matou seu dono. Como Arbogasto era de origem bárbara, não podendo ocupar o trono, escolheu para este cometimento um "homem de palha", o retórico Eugênio, cristão só de nome, que ao não contar com o apoio de Ambrósio nem de Teodósio, buscou a nobreza senatorial pagã, dirigida por Nicômaco Flaviano, que viu nele a última possibilidade de sobrevivência da Roma antiga ante o cristianismo emergente e triunfador.
393 - Em janeiro, levou seu segundo filho Honório de 8 anos à dignidade de Augusto, pois Valentiniano II estava morto e o Ocidente precisava de um imperador legítimo.
394 - Teodósio enfrenta as forças de Eugênio no norte da Itália. A vanguarda de Teodósio formada por visigodos comandados por Alarico I, vândalos por Estilicão e até hunos, foi derrotada nas margens do rio Frigido em Aquiléia. Mas no dia seguinte, quando Teodósio se encontrava em situação difícil aconteceu um fato considerado miraculoso: suscitou-se uma furiosa tempestade com um vento inesperado soprando com violência contra as tropas inimigas, que quase as cegou anulando assim o efeito e suas setas e contribuiu para a desordem e fuga dos inimigos. Mortos Eugênio, Arbogasto e Nicômaco Flaviano, Teodósio se mostrou benigno com os contrários. A vitória foi comemorada como o segundo triunfo do cristianismo contra os pagãos, uma repetição da realizada na ponte Mílvio por Constantino. Teodóso se apresenta em Milão e Ambrósio lhe proíbe receber os sacramentos até aceder suas petições de clemência para com os vencidos.
395 - Em janeiro deste ano Teodósio morre de doença, pronunciando suas últimas palavras que foram as do salmo 116(5) :Diligo Dominum quia audivit vocem obsecrationis meae - "Amo o Senhor porque ouviu a voz de minha súplica". Deixou ao cuidado de Ambrósio seus dois filhos, Arcádio, enfermiço de 17 anos e Honório de 10. Estilicão, o general de origem vândala casado com sua sobrinha Serena, foi o encarregado de cuidar de Honório, augusto do Ocidente enquanto Rufino cuidava de Arcádio, augusto do Oriente. Mas o Império estava agonizando e praticamente morria com seu último grande imperador.
Teodósio foi educado numa família cristã. Ele foi batizado em 380 d.C., durante uma doença severa, como era comum nos tempos dos primeiros cristãos. Em fevereiro desse mesmo ano, ele e Graciano fizeram publicar um édito deliberando que todos os seus súditos deveriam seguir a fé dos Bispos de Roma e de Alexandria (Código de Teodósio, XVI,I,2). A lei reconhecia quer a primazia daquelas duas instâncias quer a problemática teológica de muitos dos patriarcas de Constantinopla, que porque estavam sob a observação dos imperadores eram por vezes depostos e substituídos por sucessores teologicamente mais maleáveis. O Bispo de Constantinopla em 380 era um ariano.Historicamente, durante o período de Teodósio alguns eventos humilhantes evidenciaram a ascensão cada vez maior da Igreja Católica. Após vencer a guerra contra Máximo e ordenar o Massacre de Tessalônica, Teodósio pretendia, como era costume se sentar ao presbítero da igreja de Milão, mas foi proibido pelo bispo Ambrósio de entrar sem que antes fizesse uma confissão pública.
Ambrósio excluiu o imperador da comunhão e durante 8 meses a tensão se manteve, até que Teodósio, durante o Natal, vestido com um saco de penitência, foi perdoado. Teodósio afirmaria mais tarde: sem dúvida, Ambrósio me fez compreender pela primeira vez o que deve ser um Bispo. Desde então o poder eclesiástico de julgar os poderes públicos, não só em questões dogmáticas mas também por seus erros públicos, prevaleceu até os tempos modernos.BEM GRAÇA A "DEUS" CHEGAMOS AO INICIO DO QUE SE DEU
Em 388, a população cristã botou fogo na sinagoga de Calínico, pequena cidade na Mesopotâmia. As autoridades civis informaram Teodósio, que instruiu o bispo a reconstruir a sinagoga com os próprios recursos e a punir os incendiários. São Ambrósio, bispo de Milão, ouvindo disso, fez representação a Teodósio ao longo das linhas de que queimar sinagogas era agradar a Deus, e de que o príncipe cristão não teria direito de intervir. A história é complexa e, para a abreviar, basta dizer que Teodósio estava sendo forçado a submeter-se a Ambrósio e revogar as suas instruções para a restituição da sinagoga.
Esse episódio é significante, porque exemplifica a mudança do império pluralista para o estado cristão. Teodósio começou a sua resposta à queima da sinagoga em Calínico se comportando como um imperador pagão o teria feito, ansioso de manter lei e ordem, respeitando os direitos aceitos dos judeus. Ambrósio desafiou o auto-entendimento da sua qualidade de imperador, encarregando-o a comportar-se como imperador cristão, que não deveria mostrar boa vontade aos judeus, ou até eqüidade simples. Isso era, segundo Ambrósio, inconsistente com a Cristandade. O dever do imperador cristão, segundo Ambrósio, era garantir o triunfo da verdade (na sua visão, o cristianismo) sobre o erro (na sua visão, o judaísmo).
Teodósio capitulou, e a Igreja tinha a última palavra. A separação entre o Cristianismo e o Judaísmo, efetivada teologicamente em 325 no Primeiro Concílio de Nicéia, era agora lei sob os imperadores romanos, que tomaram os seus conselhos da Igreja. O incidente de Calínico é o símbolo da conquista do anti-semitismo eclesial. A Igreja podia agora manejar, e manejou, para influenciar a legislação imperial num modo danoso para os judeus.
Mas foi justamente em virtude do crescimento do poder do catolicismo
Que ocorreu a sobrevida ao Império Romano do Oriente, já que o do Ocidente passaria a ser dirigido a partir do ano de 476 por povos então chamados de bárbaros.
[Cronologia]
 

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